Louis Vuitton e o manifesto para a temporada Primavera Verão 2021
A Louis Vuitton agitou a maior cidade da China com um grande espetáculo de moda e música na última quinta-feira (6)! Para a temporada de Primavera-Verão, a maison francesa acaba de apresentar sua coleção Men’s Spring-Summer 2021, com direito a uma performance musical ao vivo da cantora e compositora norte-americana, Lauryn Hill.
A mais recente coleção do diretor criativo Virgil Abloh se baseou em uma perspectiva inusitada: a de uma criança olhando para a fantasia. Em uma base toda construída a partir do upcycling, novos looks feitos de material reciclado - fragmentos da coleção Men’s Fall-Winter 2020 - outros criados durante o lockdown, ainda de material reciclado, e alguns novos feitos a partir de ideias já existentes, fizeram parte de uma pirâmide criativa.
Pensando em uma nova realidade na qual o valor dos objetos é inteiramente relacionada a seu valor emocional, a moda de Abloh recebe toques particulares de fantasia e as temporadas anteriores, que eram vistas como períodos individuais, agora são unificadas.
''O termo 'manifesto' vem da palavra latina 'óbvio'. Afirmar o óbvio não é da minha natureza, mas acredito no poder da documentação. Sob minha direção artística, vejo as coleções da Louis Vuitton como minha plataforma de nuances. Esforço-me por empregar a moda para refletir e afetar os ideais de inclusão, unidade e humanidade, acredito em deixar minha marca com equilíbrio, estilo e graça.'' afirma Abloh.
Códigos tradicionais de luxo da Maison são imbuídos nos valores particulares do designer. A cada temporada, uma equipe é encarregada de atualizar o vocabulário de acordo com Virgil Abloh, termos que explicam idéias, como 'Irony'' sendo interpretada como a presença de Virgil Abloh na Louis Vuitton" - ou seja, um homem negro em uma casa de luxo francesa.
''Estou bem ciente das minhas responsabilidades. Em vez de pregar sobre isso, espero dar o exemplo e abrir a porta para as gerações futuras.'' completa o designer.
Usando a linguagem das nuances, as imagens falam por si: Dorothy, de O Mágico de Oz, como um paralelo irônico à jornada de Abloh para a casa de moda; Ícones musicais negros como humanitários cujos apelos unificam raça, gênero, cultura e credo; Campos de flores como uma metáfora da diversidade e um símbolo da confecção tradicional parisiense; Céu na Terra como um conceito surreal de tempo e progresso na sociedade. Associações raciais são substituídas com o objetivo de combater o preconceito no nível subconsciente, como um verdadeiro cavalo de Tróia para a mente.
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