Pena de morte: momentos finais do 1º executado com nitrogênio

Nos Estados Unidos, ocorreu a pioneira execução por asfixia com nitrogênio, tendo Kenneth Eugene Smith como vítima. 

Condenado por assassinar uma mulher em 1988, em um assalto encomendado pelo marido da vítima, a escolha desse método, não previamente testado, gerou controvérsias com especialistas da ONU. Em 2022, Smith sobreveio a uma tentativa de execução usando injeção letal.

No procedimento, o condenado foi deitado em uma maca, teve uma máscara de gás amarrada ao rosto - substituindo o ar por nitrogênio, resultando em morte por falta de oxigênio. Suas últimas palavras foram: "Esta noite, o Alabama fez a humanidade andar um passo para trás. Vou embora com amor, paz e luz. Amo todos vocês, foram algumas das últimas palavras do prisioneiro, de acordo com  testemunhas do episódio. 

A última refeição, composta por bife, batatas fritas e ovos, foi concedida pela manhã, com restrição de alimentos sólidos após as 10h. Cinco jornalistas e familiares acompanharam a inédita execução por um vidro.

Durante o procedimento, o prisioneiro demonstrou consciência por vários minutos, tremendo e contorcendo-se. Contrariando as expectativas das autoridades, que previam inconsciência em menos de um minuto, Smith lutou pela respiração agonizante por cerca de dois minutos, conforme relatado por John Hamm, comissário penitenciário do Alabama. O processo completo estendeu-se por aproximadamente 25 minutos.

Após a execução, Mike Sennett, filho da vítima Elizabeth Sennett, expressou que a justiça fora feita, embora reconhecesse que nada traria sua mãe de volta.