Rocky: roteiro do filme foi ‘salvo’ por uma amiga de Stallone
Vida pessoal de Sylvester Stallone inspirou o filme que conta a história do lutador ‘Rocky Balboa’
Em 1976, os filmes de luta eram produzidos, quase que exclusivamente, pelo cinema oriental. Mas ‘Rocky: Um Lutador’, chegou para fazer a diferença no cinema mundial. A história, que contava um clichê, tornou-se um dos grandes sucessos das telonas e se mantêm em alta até os dias atuais.
Em um documentário recente, Sylvester Stallone conta que o filme remonta o início de sua vida, difícil e repleta de desafios. O seu personagem, Rocky, ganhou o carinho do público com seu jeito empático, doce e ingênuo, mas foi a ligação de uma amiga roteirista do ator que o fez assim. ‘Sly’ conta que sua amiga o ligou aos prantos, dizendo: "Eu odeio o Rocky! Eu odeio ele. Ele é cruel, ele bate nas pessoas. Ele as agride!", o que é muito diferente do Rocky que conhecemos.
Stallone assumiu que em sua versão original, rocky era um malandro arrogante, como um “bad boy”, inspirado nos personagens do filme de estreia de Martin Scorsese, 'Caminhos Perigosos' (1973), interpretados por Harvey Keitel e Robert De Niro.
A partir desta ligação, Stallone mudou o personagem de Rocky, com medo de que o público não tivesse minimamente empatia pelo protagonista da obra. O diálogo com a sua amiga foi o seguinte: "E se você encontrasse um meio termo? Tipo, talvez ele quase tenha agredido alguém. Ele poderia ter feito isso, é o trabalho dele. Mas talvez não tenha precisado fazer", recordou o ator.
De pouco em pouco, o personagem foi reconstruído. "E se ele tivesse uma namorada ou algo assim?", apareceu nas discussões, que viabilizou a personagem de Adrian (Talia Shire). Foi assim que Rocky, antes mesmo de estrear, mudou totalmente a sua personalidade.
Especula-se que a crueldade enfrentada por Stallone em sua infância, tenha sido pano de fundo para o papel original do Rocky. No documentário, Stallone comenta sobre o abuso físico e psicológico que sofria do pai, Frank Sr., que costumava dizer ao filho, ainda pequeno, que ele não seria nada na vida. O ódio de Sly pela dor causada pelo pai foi transferido para os intensos treinos físicos e, mais tarde, para o roteiro do filme que o levaria ao estrelato.
