Saúde: 10 hábitos alimentares que fazem bem para o coração
A saúde do coração é uma dos principais preocupações medicas internacionais. Pensando nisso, a Associação Americana do Coração atualizou seu guia alimentar. Confira!
A Associação Americana do Coração (American Heart Association, AHA), uma das mais influentes dos EUA, atualizou seu guia alimentar com indicações para "melhorar a saúde cardiovascular". A associação sugere a incorporação a longo prazo de hábitos saudáveis, em vez de mudanças drásticas na alimentação conforme as dietas da moda. A instituição destaca ainda o desafio de manter uma alimentação saudável diante da proliferação de redes fast food, delivery e venda de produtos pré-prontos, especialmente após a pandemia.
Veja 10 recomendações do guia alimentar atualizado, que podem ser realizadas por qualquer pessoa:
- Equilibrar a ingestão ao gasto energético para um peso saudável
Idade, atividades diárias e altura são algumas das características que determinam as necessidades energéticas de cada um. Em média, na idade adulta, a demanda energética diminui entre 70 a 100 calorias por década vivida. Assim, é necessário fazer ajustes visando manter um peso saudável e, consequentemente, minimizar o risco de doenças cardiovasculares.
- Comer frutas e verduras variadas
Segundo o guia da AHA, quanto maior o consumo de frutas e vegetais, menor a mortalidade. "Consumir uma grande variedade desses alimentos fornece os nutrientes essenciais e fitoquímicos adequados. Todas as formas de frutas e vegetais — frescos, congelados, enlatados e secos — podem ser incorporadas a um padrão alimentar saudável para o coração", afirma o relatório. A associação ainda indica benefícios maiores na ingestão dos alimentos inteiros, e não em sucos, por exemplo, sem o acréscimo de sal e açúcar.
- Comer grãos integrais em vez de refinados
Os estudos mostram que comer grãos integrais é mais benéfico do que ingerir os refinados. São recomendados produtos com ao menos 51% de cereais integrais na composição.
- Escolher fontes proteicas saudáveis
Vegetais, leguminosas e nozes devem ser as principais fontes de proteína na dieta. Opções recomendadas seriam a soja (incluindo edamame e tofu), o feijão, a lentilha, o grão de bico e a ervilha. "Vale destacar que a substituição dos alimentos de origem animal por alimentos integrais de origem vegetal tem o benefício adicional de reduzir a pegada de carbono da dieta, contribuindo assim para a saúde planetária", ressalta o guia. Entretanto, o relatório alerta para o consumo de carnes de origem vegetal, uma vez que eles são ultraprocessados com a adição de açúcares, gorduras, sal, estabilizantes e conservantes. Além disso, a associação destaca que as evidências sobre os efeitos a curto e longo prazo na saúde dessas alternativas de carne à base de vegetais são limitadas. O consumo regular de peixes e crustáceos também é indicado. No caso de carne vermelha ou frango devem ser escolhidos cortes magros e pouco processados.
- Utilizar óleos vegetais líquidos
A AHA sugere que se evitem os chamados óleos tropicais (coco, palma, etc), as gorduras animais (manteiga e banha) e as gorduras parcialmente hidrogenadas. No lugar deles, podem ser usados os óleos de soja, canola, milho, cártamo e girassol, assim como o azeite de oliva e óleos e manteigas originados em nozes e amendoins.
- Preferir alimentos minimamente processados
O consumo exagerado de alimentos ultraprocessados é preocupante por seus efeitos adversos à saúde, como sobrepeso e obesidade, distúrbios cardiometabólicos (diabetes tipo 2 e doenças cardiovasculares) e aumento da mortalidade. "Um princípio geral é enfatizar o consumo de alimentos crus ou minimamente processados", indica o guia alimentar da associação.
- Reduzir a ingestão dos açucarados
Limitar o consumo de açúcares adicionados à comida e à bebida seja na forma de glicose, dextrose ou sacarose, ou ainda mel e xarope de milho é outra sugestão. A AHA também afirma não haver evidências científicas dos benefícios do uso de adoçantes com baixa ou nenhuma caloria, motivo pelo qual não os recomenda.
- Diminuir ou eliminar a ingestão de sal
A orientação de reduzir a ingestão de sal já é comum entre os cardiologistas. Não basta apenas não adicionar sal à comida, é preciso ainda evitar o presente nos alimentos processados, preparados fora de casa, enlatados ou embalados. "Uma alternativa promissora é a substituição do sal comum por sais enriquecidos com potássio", sugere o guia.
- Não beber álcool ou limitar o consumo
A AHA pondera que a associação entre o álcool e as doenças cardiovasculares é "complexa", já que "o risco parece variar de acordo com a quantidade e o padrão de ingestão de álcool, a idade e o sexo". O guia retoma a recomendação de outro relatório governamental, o Dietary Guidelines for Americans 2020-2025, de que mulheres não devem ingerir mais de um copo de bebida alcoólica por dia, enquanto o limite para os homens seria de dois copos.
- Siga essas orientações independentemente do local onde os alimentos são preparados ou comidos
A AHA ressalta a importância de que essas orientações sejam aplicadas a alimentos e bebidas preparados em qualquer local. "Devem ser apoiadas políticas que incentivem escolhas alimentares mais saudáveis, como disponibilizar grãos integrais em vez de grãos refinados e minimizar o teor de sódio e açúcar nos produtos", diz o guia.