Cesca Civita celebra casamento neste ensaio de noivas
Às vésperas de seu casamento, Cesca Civita comemorou esse momento especial com a gente neste ensaio de noivas para todos os gostos.
A trajetória que levou Cesca Civita a se tornar uma influenciadora digital começou de forma inesperada, mas se encaixou perfeitamente com sua formação. Enquanto estudava Administração e Marketing na Regents University, em Londres, começou a usar o Instagram para compartilhar suas experiências pela cidade e seu estilo de vida. Inicialmente, era uma maneira de manter amigos e família atualizados, mas logo percebeu que estava atraindo seguidores que não conhecia. “A demanda por conteúdo relacionado ao que eu vivenciava e pensava cresceu, e isso me levou naturalmente a considerar a influência digital como carreira. Hoje, posso dizer que transformei uma habilidade natural de compartilhar e comunicar em um trabalho gratificante, apoiado pelo meu conhecimento acadêmico”, analisa ela, que viaja o mundo descobrindo tendências e comportamentos, antes mesmo de chegarem ao Brasil. “Acredito que as tendências não são exatamente novidades, mas sim reinterpretações do passado. Com o acesso imediato à informação que temos hoje, especialmente na moda e nos comportamentos globais, é natural que as tendências pareçam mais rápidas e efêmeras. Acho que a chave está em ter um olhar apurado para identificar o que está começando a despertar interesse nas ruas e transformar isso em conteúdo ou produtos com uma abordagem atualizada. É uma dinâmica intrínseca ao nosso tempo. E com o avanço da inteligência artificial, essa velocidade só tende a aumentar”, teoriza.
Cesca entende claramente a importância dessa previsão de movimentos de comportamento na análise da sociedade contemporânea. “Ela reflete o que estamos vivendo em tempo real. Influenciadores digitais têm um papel crucial nesse processo. Com nossa habilidade de perceber e comunicar as nuances emergentes do comportamento social, atuamos como um termômetro para as transformações em curso, sejam elas econômicas, políticas ou sociais. Essa sensibilidade nos coloca na vanguarda, servindo de alerta para empresas e marcas.
Hoje, o influenciador não é apenas um criador de conteúdo; somos uma combinação de pesquisa de mercado, desenvolvimento de produto, estratégia de marketing e vendas. Esta é a realidade: estamos no centro de um ciclo contínuo de feedback e inovação, moldando e sendo moldados pela sociedade ao nosso redor.” A seguir, Cesca fala sobre seu amor pela moda e também de seu amor com Victor Iglesias, que foi celebrado em uma cerimônia, em Sevilha, para 600 convidados, com a presença dos Gipsy Kings.
L’OFFICIEL Quando surgiu seu amor pela moda?
FRANCESCA CIVITA Minha paixão pela moda é uma extensão de quem eu sou, tão intrínseca quanto a arte, a música ou a ciência são para outros. Essa ligação começou desde muito cedo. Ainda criança, meu humor e minha confiança eram diretamente influenciados pelo que eu escolhia vestir. A moda para mim não é apenas sobre roupas; é uma forma de expressão, um reflexo de quem sou. Não existe separação entre “a Cesca” e “o que a Cesca veste”; somos uma coisa só. Essa fusão entre minha identidade e meu estilo é algo que sempre procuro transmitir no meu conteúdo, especialmente quando falo de moda. É mais do que vestir algo bonito; é comunicar ao mundo quem eu sou por meio do meu estilo pessoal.
L’O Como imprime essa marca na sua criação de conteúdo, como influenciadora de moda e lifestyle?
FC Compartilho apenas aquilo que verdadeiramente admiro e me identifico, tornando o processo bastante natural. Minhas escolhas refletem quem sou, como sou e como penso. Portanto, minha marca pessoal está presente em tudo o que faço. E é exatamente por isso que a relação com meus seguidores é tão especial. Eles me seguem não apenas pelas dicas ou informações, mas por uma afinidade com a minha personalidade. Se alguém não se identifica comigo, provavelmente não vai se conectar com o que compartilho. Essa autenticidade é o que, acredito, faz um seguidor verdadeiramente valorizar e confiar no meu conteúdo.
L’O Você sempre foi encantada pelo universo do casamento? O que ele simboliza para você?
FC Até o momento em que fui pedida em casamento, confesso que o universo dos casamentos nunca havia sido um foco para mim. Sempre parecia algo distante, e demorei para me ver nesse papel. Mas, desde que o casamento entrou na minha vida, mergulhei de cabeça. Encaro as coisas com paixão e dedicação, e com o meu casamento não foi diferente. Meu envolvimento nesse processo foi uma jornada apaixonada, explorando cada detalhe com muito entusiasmo e, confesso, uma pontinha de neurose. Foi uma descoberta constante, tanto sobre o significado do casamento quanto sobre mim mesma.
L’O E por que Sevilha?
FC Nos últimos nove anos de namoro com o Victor [Iglesias], aprendi a amar a Espanha visitando o país inúmeras vezes com ele. Esse amor crescente pela sua cultura espanhola tornou a decisão de casar lá algo completamente natural. Para o Victor, com suas profundas raízes espanholas, sempre foi essencial celebrar a nossa união no país. Juntos, escolhemos Sevilha, uma cidade que, para mim, encapsula a essência da Espanha — vibrante, culturalmente rica e repleta de história. O casamento em Sevilha foi uma celebração única, um encontro de amigos em um destino fora do comum. Queríamos que o nosso casamento tivesse o verdadeiro espírito andaluz, marcado pela excelente culinária, música envolvente e pela rica história da região.
L’O A lista reuniu 600 convidados, muitos casais de padrinhos: acha que casamento pede pompa?
FC Contamos com 25 casais de padrinhos em nosso casamento. Cada um desses padrinhos foi escolhido com muito carinho e atenção, pois todos têm um significado especial em nossas vidas. Somos imensamente gratos por ter amigos tão maravilhosos, não apenas em quantidade, mas, principalmente, em qualidade. Eles sempre foram uma prioridade para nós, mesmo antes de sermos um casal, e é por isso que tivemos tantos. Quanto à questão da pompa em casamentos, acredito que o que realmente importa é a criatividade, a diversão e o diferencial. Não é a pompa que faz um casamento memorável, mas sim o empenho do casal em cuidar de cada detalhe, pensando em oferecer uma experiência única e especial para os convidados.
L’O Quem organizou a festa do seu casamento?
FC Para a organização do nosso casamento, confiamos na Ellidore, um grupo de concierge que conheci durante meu tempo na Inglaterra. Eles, agora associados à tradicional empresa de eventos Party Planners, têm um profundo conhecimento sobre fornecedores em toda a Europa, o que foi essencial para nós. Além disso, contamos com a consultoria da Toda de Branco, que já tinha nos impressionado no nosso noivado com seu trabalho incrível, para trazer um pouco do sabor brasileiro à celebração. Em relação à música, somos extremamente ecléticos. A trilha sonora do casamento foi de rock e flamenco à música clássica e house. Para realmente capturar essa essência, tivemos uma atração especial: o Gipsy Kings! Para mim, eles foram a escolha perfeita com sua energia contagiante e a fusão única de flamenco, pop e ritmos latinos.
L’O Qual foi o tom da decoração?
FC Quanto à decoração, nosso casamento coincidiu com a famosa Feria de Sevilla, e nos inspiramos sutilmente na decoração típica dessa festa. Planejamos criar ambientes com moods distintos, cada um refletindo uma faceta diferente da nossa celebração. A beleza de Sevilha e os locais escolhidos para o casamento, por si só, já são impressionantes, de modo que não precisamos de tanta decoração adicional. Eles ofereceram um cenário espetacular para o nosso grande dia.
L’O Foram três vestidos, dois deles de alta-costura de Vivienne Westwood – os primeiros de alta-costura da marca para uma brasileira?
FC É um privilégio incrível ser a primeira brasileira a usar um vestido de casamento de alta-costura da Vivienne Westwood. Vivienne sempre me fascinou por sua coragem, irreverência e inovação, especialmente conhecida pelos seus corsets icônicos. A modelagem da Vivienne Westwood, para mim, é como aquela receita secreta do melhor bolo de chocolate: única e irresistível. Ter não um, mas dois vestidos alta-costura dela foi um sonho. Cada um reflete um aspecto diferente do meu estilo e personalidade. Para o welcome party, escolhi um vestido de alta-costura de Stephane Rolland, um designer que está se destacando enormemente no mundo da moda. Usar um vestido criado por ele foi uma honra tremenda. Ele não só captou minha essência e personalidade em um vestido, mas também mostrou ser uma pessoa extraordinária durante o processo. A diversidade entre os vestidos representou as várias facetas de mim mesma e cada um trouxe um mood único, o que tornou tudo ainda mais especial.
L’O Lua de mel no Japão: por que esse destino?
FC Escolher o Japão para nossa lua de mel foi a realização de um sonho conjunto meu e do Victor. Sempre quisemos explorar juntos esse país fascinante, e a lua de mel nos deu a oportunidade perfeita.
L’O Você é super gen Z. Como acha que a sua geração idealiza a vida a dois?
FC Para mim, idealizar a vida a dois é pensar em um relacionamento no qual ambos os parceiros crescem juntos, desafiando e apoiando um ao outro, mantendo sempre um equilíbrio entre a individualidade e a união. É uma relação que evolui com o tempo, adaptando-se às mudanças da vida, mas sempre mantendo a essência da cumplicidade e do comprometimento.
Fotos FRANKLIN ALMEIDA
Direção de moda MARCIO BANFI
Styling ARTHUR RIBEIRO
Por KARINA HOLLO
GUEST: Cesca Civita,
BELEZA: Juliana Boeno (Capa MGT),
PRODUÇÃO DE MODA: Isabela Corazza,
ASSISTENTES DE FOTOGRAFIA: Erick Diniz e Guto Cesar,
CAMAREIRA: Renata Morais,
TRATAMENTO DE IMAGEM: Telha Retouch,
VÍDEO: Raphael Pacheco,
NAIL ARTIST: Naelma Lima,
CATERING: Affetiv