Moda

Conheça o bailarino protagonista da primeira campanha do C&A Studios

Marcos Novais já se apresentou em muitos palcos até dançar na rua para o vídeo superfashion.
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Você já conhece a C&A Studios? Essa é a nova empreitada da cadeia de lojas de departamento no mundo fashion – uma plataforma de conteúdo criativo. O primeiro vídeo do novo empreendimento se chama "Nascido Homem", dirigido e assinado por Manuel Nogueira, da produtora Conspiração Filmes.

O filmete fashion conta com peças já a venda nas lojas, além de um passeio por diferentes paisagens de São Paulo, como o Minhocão e a Nove de Julho. O bailarino Marcos Novais é quem interpreta o protagonista em transformação. Em um primeiro momento, como observador, o jovem vê seu entorno. No segundo momento, uma ruptura acontece por meio da dança, onde o protagonista excede seu ambiente para ganhar a cidade.

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"Nascido Homem" - C&A Studios

Antes de estrelar o vídeo fashion, Marcos foi bailarino do Balé da Cidade desde 2013, onde também interpretou o artista plástico americano Jean-Michel Basquiat, chamando muita atenção da crítica. Está morando fora desde a metade do ano, onde pretende investir em sua carreira no exterior.

Entrevistamos o bailarino sobre dança, moda e viagens! Conheça mais sobre a trajetória do rapaz a seguir:

 

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Desde quando você dança?

Comecei a dançar aos 10 anos em Araçatuba. Em 2011, aos 18, me mudei para São Paulo, onde estudei na Pavilhão D por um ano. Depois entrei na Cisne Negro, que é uma das principais companhias de dança, e de lá fui para o Balé da Cidade, onde fiquei até agora. Danço desde 2003, há 15 anos.

Aonde você está atualmente?

Agora estou em Augsburg, na Bavária, no sul da Alemanha. Acabei de me mudar, vim para cá no dia 8 de agosto e começo a trabalhar daqui duas semanas no Augsburg Ballet, do Theather Augsburg. Pretendo ficar aqui por muito tempo. Não necessariamente nesta cidade, mas na Europa, onde quero seguir minha carreira.  

Como você se relacionou com o conceito de "Nascido Homem"?

Eu me identifiquei muito. Me relaciono com o filme nesse lugar de não ter medo de ser o homem que quero ser, o homem que sou. Ao invés de tentar me enquadrar no que a sociedade diz que é ser o homem perfeito. Eu posso buscar meus sonhos, minhas coisas, isso não vai me deixar menos ou mais homem.

Como foi gravar o vídeo?

Foi incrível. Primeiro pelo convite, depois toda conversa com o Manuel – todas as coisas que ele me explicou e que desejava passar no vídeo. Eu, como artista, sempre tento entrar no máximo de um personagem para que ele se torne real. Encarnei aquilo.

 O que você acha mais diferente – entre dançar na rua e dançar no estúdio?

São muitas as diferenças. Estou super acostumado a dançar em estúdio. É teatro, plateia, palco, iluminação... É o meu trabalho, uma coisa que amo. Já ao dançar na rua, consigo estar mais perto das pessoas. Dependendo da proximidade, posso até ver a reação delas. Tem um que se assusta, outro que se apaixona. Esse contato direto com as pessoas é interessante. É a cultura que deveria ser acessível a todos... Levar arte, música, dança e teatro para mais pessoas é muito valioso. Quem sabe despertar a vontade de ir mais ao cinema ou ao teatro? 

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De que forma as roupas, a moda e a dança se relacionam no vídeo?  

Tudo se relaciona, né? Como qualquer obra e vídeo. As roupas ajudam a construir desde identidade à época em que se passa uma história. A pessoa se veste como se sente bem. É uma das características de uma pessoa.

Dançar no Municipal, Nove de Julho, Minhocão e Roosevelt te faz ter uma relação especial com a cidade?

Cada lugar me fez ter uma sensação diferente. São Paulo é diversidade. É grande, é pequena. É acolhedora, é medonha. É cinza e colorido. Para mim, dançar pela cidade para os moradores é ser uma obra viva, uma pintura viva, um grafite vivo. É sempre a minha mesma dança, mas no palco a gente tem uma caixa quadrada que separa a plateia dos artistas. Na rua, não acontece isso.

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