Nossa homenagem a Azzedine Alaïa, que faleceu aos 77 anos
Como não amá-lo? Como não estar triste com a sua partida? Aos 77 anos, o estilista franco-tunisiano Azzedine Alaïa faleceu no último sábado, 18 de novembro de 2017. Após uma queda sofrida em casa, ele estava há 10 dias em coma em um hospital em Paris.
O designer soube como ninguém injetar elegância, um certo classicismo e uma dose de feminilidade e pluralidade para a moda feminina durante seus quase 40 anos de carreira.
Filho de agricultores, Alaïa nasceu na Tunísia, onde estudou escultura na faculdade de artes plásticas de Tunis. Em meados dos anos 70 ele já trabalhava como designer de moda quando se mudou para Paris.
Na cidade-luz, foi contratado pela Dior, que na época tinha a direção criativa de Yves Saint Laurent, mas devido a problemas com o visto ele só ficou por 5 dias. Passou pelas grifes Guy Laroche e Thierry Mugler e assim foi conquistando seu fã clube que tinha Greta Garbo e Cécile de Rothshild como alguns dos nomes mais fiéis.
Nos anos 80, a marca Azzedine Alaïa já fazia sucesso retratando o que era o chic parisiense com o tempero sensual bem "Alaïa". Modelos, clientes, romancista e artistas viviam em seu atelier. Grace Jones, Tina Turner, Cindy Crawford e Naomi Campbell eram algumas delas.
Em 2013 ganhou uma retrospectiva no Museu Galiera de Paris dedicada a sua carreira e era um dos poucos que já nessa época se opunha a idéia de coleções serem condicionadas às estações. Ele desprezava a agenda da moda pois considerava uma oposição à criação.
Conhecido como provocante, o "pequeno rebelde da moda" era puro carisma, doçura e criava peças com precisão e amor. "Ele era um artesão no sentido nobre da palavra e um homem ferozmente apegado à sua liberdade, ele era um amigo", relata François -Henri Pinault, CEO do grupo Kering.
Veja abaixo mais homenagens ao estilista:
Abaixo, confira o editorial feito pela L'Officiel Brasil e publicado na edição de Junho de 2015.
Fotos: Julien Vallon
Styling: Igi Ayedun