Lelê Saddi comemora o nascimento do filho e o sucesso na carreira

Mix perfeito entre experiência e intuição, Lelê Saddi comemora o nascimento do primeiro filho e o sucesso nacional e internacional de sua agência Pop Comm.

Alessandra Saddi ama seu trabalho – tanto que topou fazer essa capa para L’OFFICIEL apenas 20 dias depois de sair da maternidade com o Francisco, seu primeiro filho, nos braços. Sobre a maternidade, ela conta que foi um processo gradual. “Quando ele começou a se mexer, passei a me dar conta de que havia um serzinho dentro de mim. É um amor imensurável e fora do controle de tão grande. Por incrível que pareça, a gestação me deixou menos ansiosa, mais calma, mais paciente. Entendi que um dia não é igual ao outro e que é muito difícil prevermos o que vai acontecer amanhã”, diz. E apesar de ter reservado esses próximos meses para cuidar da cria, com muito amor, Lelê adianta que vem mais projeto novo por aí – na verdade, dois! A seguir, a CEO da Pop Comm, agência de comunicação 360 que comemora crescimentos impressionantes no mercado brasileiro e já estendeu seu braço até Paris, para atender marcas e influenciadoras que querem expandir seu alcance internacionalmente, abre o coração sobre maternidade, visão de negócios e propósito de vida. 

L’OFFICIEL Em pouco mais de dez anos, você passou de blogueira de moda a empresária de – muito – sucesso. Como deu esse salto? Qual foi o ponto de virada? Como foi mudando sua visão do mercado digital?

LELÊ SADDI Eu sempre estive dentro do mercado digital, o tempo todo, sabe? Fui apenas acompanhando as evoluções, as mudanças, as transformações. Mas como eu estava dentro, era muito mais fácil. Mesmo antes de me tornar uma influenciadora, eu sempre trabalhei com marketing. Comecei a empreender logo depois que saí da faculdade – na minha primeira consultoria de comunicação. Fui apenas profissionalizando algo que sempre gostei muito de fazer e que sempre acreditei que era onde o meu talento morava. Tive a oportunidade de poder estar no lugar certo, na hora certa. Realmente pude ver todo esse mercado digital acontecer, se desenvolver – e estar em duas pontas desse mercado, tanto na ponta da influenciadora quanto na ponta da agência, que cria planos estratégicos para marcas e contrata as influenciadoras para fazer trabalhos de marketing de influência.

L’O Você se considera uma impulsionadora de sucessos?

LS Eu sempre falo que com certeza um dos meus propósitos profissionais é conseguir ajudar marcas e pessoas a se desenvolver profissionalmente e isso obviamente não depende só da minha ajuda e da minha equipe, mas muito também do quanto essa marca ou essa pessoa consegue se desenvolver e ter essa determinação, essa vontade de crescer. É um processo que a gente faz juntos, tanto cliente quanto agência. Lógico que é muito gratificante quando a gente vê a longo prazo as mudanças e as diferenças que isso pode trazer no crescimento e no impulsionamento do negócio. 

L’O Como uma estratégia de comunicação 360, storytelling e propósito participam dessa jornada, além de sustentabilidade e humanização?

LS É muito difícil você ter uma estratégia de comunicação hoje que não seja 360, que não tenha um storytelling e um propósito, além claro da sustentabilidade e da humanização. Eu acho que tudo isso anda muito junto e se tudo isso não está 100% alinhado, não funciona. A gente vê boas ideias que não conseguem ser transmitidas. A gente tem que olhar para tudo isso, sem dúvida, e quando todas essas pontas estão amarradas, com certeza, a chance de ter um resultado positivo é muito maior.

L’O Com os avanços da Inteligência Artificial, temos imagens criadas do zero. E a moda está embarcando nessa. O que você acha que vem por aí nos próximos cinco anos? Como a era digital que a gente conhece vai mudar?

LS Eu acho que a revolução que a IA está gerando na moda é comparável com o que a fotografia fez, no início do século passado: ao mesmo tempo que mudou tudo, não substituiu a moda como ela era feita, em desfiles e nos ateliês. Explico: o digital estará cada vez mais presente na moda. As grandes grifes já estão presentes no Metaverso, criando coleções no Roblox e por aí vai. E também acho que as tecnologias em desenvolvimento podem, e devem, ajudar a solucionar alguns dos grandes problemas da indústria, como a sustentabilidade na cadeia de produção e o aumento da grade de numeração. Mas, ao mesmo tempo, não acho que a Inteligência Artificial irá substituir o que temos hoje. Não existe nada igual para mostrar uma peça do que um desfile. O caimento do tecido no corpo, o movimento, a luz sendo refletida pelos bordados... Esse tipo de detalhe, nem mesmo os vídeos e fotos conseguem captar. Tem que ser a olho nu. Ao mesmo tempo, a experiência de uma apresentação de moda, aqui falo da trilha, da decoração, do burburinho, todo o universo de dentro de uma sala de desfile, pode ser levado (e até melhorado) pela IA. Acho que coexistir é a palavra.

Fotos ADRIANO DAMAS

Edição de moda RODRIGO YAEGASHI

GUEST: Lelê Saddi.

BEAUTY ARTIST: Marci Freitas.

HAIR STYLIST: Camila dos Anjos.

ASSISTENTES DE MODA: Beatriz Maciel e Bruna Gindro.

ASSISTENTE DE FOTOGRAFIA: Lucas Favero.

VIDEOMAKER: Raphael Pacheco.

TRATAMENTO DE IMAGEM: Estudio Damas.

AGRADECIMENTO: Zena