Antonin Tron conversou com a L'Officiel USA sobre sustentabilidade, família e fluidez enquanto criava com a coleção mais recente da Tiffany

A personalidade de esp&iacute;rito livre e realista de Antonin Tron &eacute; evidente em todos os aspectos de sua marca -- desde o seu nome, Atlein, que vem do Oceano Atl&acirc;ntico, onde ele adora surfar, at&eacute; a sua variedade de silhuetas, na qual o designer exibe a compreens&atilde;o magistral da forma feminina em modelos que v&atilde;o desde vestidos de jersey cuidadosamente drapeados e justos at&eacute; pe&ccedil;as estruturadas.
Sua cole&ccedil;&atilde;o de estreia, em 2016, mostra um in&iacute;cio bastante comum ao ser humildemente exibida em seu apartamento em Paris, onde sua m&atilde;e servia caf&eacute; na cozinha. Mas isso n&atilde;o significa que aquele tenha sido o pontap&eacute; inicial da carreira de Antonin.&nbsp;
Com um curr&iacute;culo invej&aacute;vel, o designer estudou na Royal Academy of Fine Arts da Antu&eacute;rpia, na B&eacute;lgica e, antes de mergulhar em sua marca pr&oacute;pria ele trabalhou em algumas das grifes mais conhecidas da atualidade, incluindo Louis Vuitton, Givenchy e Balenciaga.&nbsp;
As pe&ccedil;as modernas e fluidas de Atlein e as joias atemporais da&nbsp;<a href="https://www.revistalofficiel.com.br/joias/deslumbrantes-10-joias-da-tiffany-para-comprar-agora">Tiffany &amp; Co.</a> formam um par deslumbrante, sendo uma aposta perfeita para o &ldquo;Styled to a T&rdquo;,&nbsp; projeto no qual Antonin est&aacute; ao lado de <a href="https://www.revistalofficiel.com.br/moda/conheca-angel-chen-o-designer-east-meets-west-com-uma-queda-por-streetwear-colorido">Angel Chen</a> e Christopher John Rogers e reinterpreta a eleg&acirc;ncia das joias da marca americana para o estilo de vida parisiense moderno. Saiba mais sobre o designer em uma entrevista exclusiva!

Lisa Immordino Vreeland: Que tipo de mulher te inspira? Voc&ecirc; pode descrever a que voc&ecirc; est&aacute; vestindo?

&nbsp;

Antonin Tron: Sou inspirado por mulheres com um certo esp&iacute;rito; mulheres que s&atilde;o muito inteligentes, capacitadas e t&ecirc;m um senso criativo. Isso &eacute; algo que tento canalizar no que fa&ccedil;o.

Quando eu desenho, tenho que ser um observador. Eu tenho que ouvir as mulheres, olhar para elas, entender o que elas querem, o que elas precisam e ent&atilde;o fundir isso com minha vis&atilde;o. Sou amigo de muitas mulheres que n&atilde;o gostam de moda, mas elas me inspiram com seu esp&iacute;rito, pelas decis&otilde;es que tomam na vida e o que est&aacute; em sua mente.

Eu me identifico muito com mulheres de esp&iacute;rito livre e eu queria criar algo que abordasse essa independ&ecirc;ncia com Atlein. &Eacute; algo para mulheres que talvez n&atilde;o queiram logotipos, que desejam um tipo diferente de produto criativo com qualidade e integridade que ainda seja luxuoso.

Antonin Tron

LIV: De onde vem o nome da sua empresa, Atlein?

AT: &Eacute; uma homenagem ao Oceano Atl&acirc;ntico. &Eacute; onde passo o m&aacute;ximo de tempo que posso e tenho uma rela&ccedil;&atilde;o muito forte com o oceano. Amo surfar; &eacute; minha coisa favorita na vida.

LIV: Quando o assunto sustentabilidade se tornou t&atilde;o importante na sua vida? Como voc&ecirc; o aplicou &agrave; sua cole&ccedil;&atilde;o?
AT: Acho que sustentabilidade &eacute; algo que sempre esteve presente na minha vida, gra&ccedil;as aos meus pais. Lembro que quando est&aacute;vamos dirigindo o carro no ver&atilde;o, minha m&atilde;e n&atilde;o ligava o ar condicionado porque dizia que precis&aacute;vamos economizar &oacute;leo para o nosso futuro.&nbsp;
&Eacute; algo com o qual cresci, mas tamb&eacute;m acho - assim como todo mundo - que tomei consci&ecirc;ncia desse estilo de vida insustent&aacute;vel que todos vivemos e de como estamos todos em um momento de transi&ccedil;&atilde;o.
Quando voc&ecirc; abre uma empresa, cada escolha que voc&ecirc; faz tem um impacto no seu meio ambiente e foi muito importante para mim criar uma empresa com esses valores. Come&ccedil;amos a Atlein em 2015, depois de eu ter trabalhado em grandes empresas por muitos anos. Havia essa ideia de desperd&iacute;cio que, para mim, se tornou muito dif&iacute;cil de lidar, ent&atilde;o eu quis criar um sistema alternativo, por que como voc&ecirc; cria moda hoje? Quando voc&ecirc; cria algo, voc&ecirc; destr&oacute;i algo.
Acredito que as respostas para muitas dessas quest&otilde;es ambientais residem em tornar as coisas menores: fazer menos coisas e trabalhar mais localmente. Esta &eacute; uma empresa familiar. Sou eu e Gabriele [Forte] &eacute; minha parceira na vida. Meus irm&atilde;os ajudam e minha m&atilde;e tamb&eacute;m trabalha conosco. Ela faz a contabilidade e realmente faz as joias para os shows, e depois ela cozinha para todos. Eu n&atilde;o poderia fazer isso sem ela.

LIV: Qual &eacute; a hist&oacute;ria que voc&ecirc; est&aacute; tentando contar ao pegar as joias da Tiffany e mistur&aacute;-las com sua est&eacute;tica?&nbsp;

AT: &Eacute; uma quest&atilde;o de contraste. A maioria dos meus vestidos s&atilde;o feitos com um jersey muito fluido, e ter essas joias - esse elemento mais duro - cria uma tens&atilde;o muito boa.

Antonin Tron: designer se inspira no surf para criar coleções

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