Alexandra Richter fala sobre filme de comédia ‘Os Emergentes’
Alexandra Richter fala sobre novo filme de comédia ‘Os Emergentes’ e prova que o riso é o melhor combustível
Com talento de sobra e um humor afiado que conquista gerações, Alexandra Richter é uma das grandes referências da comédia nacional. Do teatro à televisão, do cinema às redes sociais, sua versatilidade e carisma a tornaram um nome indispensável no entretenimento brasileiro. Agora, ela retorna às telonas com "Os Emergentes", nova comédia que promete arrancar gargalhadas ao abordar o choque de classes com uma inversão de papéis hilária e inesperada.
Na entrevista exclusiva para a L’Officiel Brasil, Alexandra abre o coração sobre sua carreira, os desafios e prazeres da comédia, a relação entre humor e moda, e até os looks inesquecíveis de seus personagens. Sempre irreverente, ela fala sobre envelhecimento sem medo, revela o segredo da leveza na vida e, claro, compartilha suas melhores histórias para nos fazer rir – e refletir.
O filme "Os Emergentes" promete aquele humor ácido e delicioso que a gente ama. Como foi a experiência de gravar essa inversão de papéis entre patrões e empregados? Você já viu essa experiência na vida real?
Não, nunca passei por essa situação. Na verdade, sempre estimulei minhas funcionárias (todas que passaram pela minha vida) a estudarem, fazerem algum curso que elas curtissem para que elas abrissem um leque de outras possibilidades e profissões, inclusive.
Comédia de verdade é aquela que faz rir, mas também traz questionamentos e reflexões valiosas. Qual a maior mensagem que "Os Emergentes" traz para o público? E entre tantos nomes incríveis, o que podemos esperar de sua personagem no filme?
Eu adoro a comédia com dramédia. Aquela comédia que faz o público rir, se divertir e refletir. Existe no filme a inversão dos papéis, mas com uma resistência de Beatriz e Henrique, minha personagem e o do Nelsinho. Na verdade, eles nunca tiveram noção do que acontece na vida dos seus funcionários e esse contato faz com eles adquiram essa noção.
Tô sempre dando um jeito de chorar de rir, é meu combustível.
Você está sempre nos fazendo rir, mas qual foi a última vez que você chorou de tanto rir?
Tô sempre dando um jeito de chorar de rir , é meu combustível. A última vez que chorei de rir foi na estreia do meu amigo Mouhamed Harfouch, no monólogo dele chamado “Meu Remédio”. Fantástico!
Moda e comédia têm muito mais em comum do que imaginamos. Você acha que o look certo pode ajudar a compor um personagem tanto quanto o roteiro? Tem algum figurino icônico da sua carreira que você queria ter levado para casa?
Não sei afirmar que moda e comédia tem muito mais em comum do que imaginamos, porque não sou do ramo da moda. O que posso afirmar é que moda e comédia se encontram quando refletem o comportamento da sociedade. A comédia quando é usada para fazer com o público se divirta e também passe a desenvolver um olhar diferente sobre as coisas e até sobre os problemas e a moda quando é usada para espelhar um comportamento social e libertador também. Sobre a peça de figurino que eu levaria para o meu guarda-roupa, certamente seriam os chapéus de Julinha de Além da Ilusão.
Se seu guarda-roupa falasse, qual seria a peça que ele mais reclama que você usa? E qual a que está implorando para sair de lá e ver a luz do dia?
A que ele mais reclama que eu uso é a roupa de ginástica , que sempre coloco na esperança de malhar todos os dias e a que tá implorando pra ver a luz do dia são os casacos que estão doidos o serem usados.
Se pudesse revisitar um dos seus papéis e fazer uma continuação ou spin-off, qual escolheria e o que essa personagem estaria aprontando hoje?
Iesa e Sônia Sarmento! Iesa estaria implicando com as irmãs e ao mesmo tempo não desgrudaria delas e Sônia Sarmento teria aprendido a viver uma vida mais simples.
Beleza para você é sobre o quê? Ritual de skincare, boas risadas ou um momento relaxante com um bom vinho?
Tudo isso e boa alimentação, sono de qualidade e exercícios físicos. E sempre tentando manter a leveza e sabendo separar o que realmente importa, para não perder tempo com bobagens.
Quando o assunto é etarismo, qual foi a coisa mais absurda que já te disseram sobre envelhecer? E qual o conselho que você daria para quem acha que idade é um limite?
A coisa mais absurda é ver jovens que estão no auge da vida, preocupados com questões que ainda estão longe, como comparações e padrões de beleza. Eu não tinha essa preocupação aos 20 anos. Meu conselho para quem acha que idade é limite é: experimente ser livre, é tão bom!
O humor tem o poder de desarmar qualquer situação. Qual foi a vez em que você usou o riso como sua melhor arma?
Sempre! O riso alivia o estresse, as dores, aumenta a imunidade e faz com que consigamos olhar o mundo sob outra perspectiva.
Se pudesse roubar o papel de qualquer personagem icônico do cinema ou da TV para interpretar, qual seria e por quê?
Ih… tantos… Começaria fazendo um sitcom da Lucille Ball, já que sou parecida com ela.
Para você, “O segredo da vida é...”:
Saber que estamos aqui de passagem.
PING PONG:
Um item de beleza que não vive sem:
Filtro solar e hidratante.
Uma tendência que não usaria nem sob ameaça:
Ombreiras, cabelo dos anos 80 e saia ballonée.
Um destino dos sonhos:
Grécia e Japão.
Um bordão seu:
Tenha fé!
Se defina em três palavras:
Isso é difícil pra uma geminiana hiperativa. Amor, fé e força.