Camilla Camargo fala sobre ser mulher, atriz, mãe e esposa
Camilla Camargo celebra o Dia Internacional da Mulher e em entrevista exclusiva, fala sobre carreira, maternidade, autocuidado e mais
Ser mulher é potência, é intensidade, é aprender a se olhar com mais carinho e menos cobranças. Em um papo inspirador com a L’Officiel Brasil, Camilla Camargo reflete sobre a força da feminilidade, os desafios da maternidade, a relação com a internet e os sonhos que continuam movendo sua trajetória. Entre risos, aprendizados e os famosos “três Fs” – foco, fé e felicidade –, a atriz celebra o Dia da Mulher com um olhar afetuoso para o presente e cheio de esperança para o futuro. Confira o bate-papo repleto de autenticidade abaixo:
Camilla, o que significa, para você, ser mulher nos dias de hoje? Quais são as maiores potências da feminilidade que você aprendeu a valorizar ao longo dos anos?
Para mim, ser mulher, especialmente hoje, é saber nos olharmos — a mim e a todas as mulheres — com mais carinho e sororidade, entendendo que somos uma potência muito maior quando nos unimos. E não há potências individuais maiores ou menores, porque somos múltiplas, em todos os sentidos e âmbitos. Quando entendemos isso, tiramos muitos pesos de cima de nós mesmas e passamos a nos admirar e nos amar mais, exercendo a empatia e com menos comparações, cobranças e julgamentos.
O Dia Internacional da Mulher nos lembra da importância da luta por igualdade e reconhecimento. Qual a maior lição que você quer passar para sua filha Júlia e para as próximas gerações de mulheres?
Quero passar a certeza de que ela pode ser o que quiser, de que tem o direito à liberdade e à segurança de ser ela mesma, sem pré-julgamentos e sem desconfortos.
Vejo hoje que equilíbrio é entender que, às vezes, as coisas não estarão “equilibradas”, e tudo bem!
Mãe de dois, esposa, atriz, criadora de conteúdo… Como você equilibra tudo isso e, ainda assim, encontra tempo para ser a “Camilla mulher”?
Na real, acho que é uma busca constante esse sonhado equilíbrio, (risos). Vejo hoje que equilíbrio é entender que, às vezes, as coisas não estarão “equilibradas”, e tudo bem, (risos). Tento ser e estar 100% naquilo que me proponho e vivo aprendendo em que momento a Camilla precisa olhar mais para ela, para o profissional, para a família ou para o que for necessário.
A internet pode ser uma aliada, mas também um espaço de cobranças e críticas. Como você lida com a exposição nas redes sociais e qual sua relação com o universo digital? Funciona como uma ‘terapia’?
Com certeza como terapia não!!! (risos)
Acho que, com o tempo, aprendi a lidar com críticas e a saber separar o que é construtivo do que não é, o que agrega algo do que está ali apenas por “maldade”. Quanto mais a gente se conhece e se entende, mais percebe que a opinião do outro está mais relacionada a quem ele é do que a quem somos de fato. Em muitas das vezes, especialmente quanto não conhecemos com profundidade determinada pessoa, ou conhecemos baseado em pequenos recortes, as falas dizem mais sobre quem profere aquilo que é positivo ou negativo, do que quem recebe.
Você já teve que lidar com o famoso ‘peso da culpa materna’ por conciliar carreira e filhos? Como você enxerga esse dilema que tantas mulheres enfrentam?
Já sim, e lido com isso o tempo todo, como todas as mães dedicadas e apaixonadas pelos seus filhos como eu, sempre achando que posso ir além. Mas hoje vejo que é algo que talvez sempre vá existir em algum grau independente da sua entrega, o jeito é aprender a conviver da melhor forma possível. Não existe a Camilla sem a “culpa”. O que existe é a Camilla que não permite que esses sentimentos paralisem.
Sua carreira já te levou para produções internacionais. O que mudou na sua visão de mundo e de mulher após essas experiências fora do Brasil?
Sinceramente, não acho especificamente que as experiências profissionais fora do país que fizeram eu mudar minha visão de mundo ou minha como mulher, mas o fato de eu ter morado fora mesmo. Acabei valorizando muito mais as coisas incríveis do nosso país, as nossas particularidades, nossa cultura. É muito bom ter orgulho das nossas raízes e ter autoestima também como cidadã.
E também é muito bonito ver o quanto somos unidos quando nos mobilizamos em prol de algo, quer maior exemplo que “Ainda Estou Aqui”? E a emoção, orgulho deles estarem vendo que vamos muito além do que podem imaginar, a sensação de pertencimento.
Quem movimenta algo que confia e acredita como nós? Rs E quem vibra, torce e se emociona com essa intensidade? Pra mim, é um pouco do reflexo do amor que temos por onde nascemos, e que às vezes fica mais evidente em situações em que o macro, o além das fronteiras, tá envolvido.
Se pudesse tomar um café com a Camilla de 10 anos atrás, quais conselhos a daria sobre ser mulher, mãe, esposa e profissional?
Diria para ela focar ainda mais no lado profissional e que ela teria dois filhos incríveis, que mudariam sua vida e perspectivas em diversos âmbitos. Que ela seria a mesma sonhadora de sempre, mas que teria mais motivos para realizá-los.
Quais três palavras definem o que você deseja para a sua vida em 2025?
Três Fs, (risos). Foco, fé e felicidade.