Malu Borges sobre ser mãe: “Leve, easy e descomplicada”
Malu Borges conta em entrevista exclusiva para a L’Officiel Brasil, como foi ser mãe da Bebel aos 23 anos e aproveita para falar sobre tendências, beleza e muito mais!
Malu Borges é muito conhecida por sua força, impacto e visuais disruptivos. Mas, para além da influenciadora fashionista que surgiu na pandemia, conhecemos também a sua versão “Mãe da Bebel”! Em entrevista especial para a L’Officiel Brasil, Malu Borges fala sobre a grata surpresa de ter sido mãe aos 23 anos e revela como é a sua relação com a Maria Isabel, que acaba de completar quatro anos: “Para mim, ser mãe jovem é mais simples, eu simplifico mais, pois sou mais easy e descomplicada”.
E claro que não poderíamos deixar de falar sobre moda e beleza com a dona dos looks mais icônicos e ‘diferentões’ da internet! Malu Borges – atual embaixadora da Schutz – aproveitou para contar quais são as suas tendências favoritas para os próximos meses, revela de onde surgiu o seu feeling poderoso para moda e muito mais. Confira a matéria completa:
Você chegou na internet, em um momento um tanto “mainstream”. Muitas influenciadoras, muito conteúdo sendo produzido… quando entendeu que precisava ser autêntica para se destacar? E como trabalhou para fazer isso?
Na verdade, eu acho que nunca tive esse momento de pensar ‘preciso ser diferente dos outros, eu preciso ser mais autêntica’. Desde o momento que eu comecei a criar conteúdo (principalmente na pandemia) eu sempre fui eu, sempre quis ser eu, inclusive o meu maior desafio foi não deixar os comentários me influenciarem, para eu conseguir ser eu o mais transparente possível. Nunca senti isso, de me cobrar e ser diferente. Vejo o meu conteúdo e sei que tem a minha essência, gosto do que estou fazendo, isso tem a minha cara, esse foi o meu maior objetivo inicial.
Você é mãe da Maria Isabel, de quatro anos. Como influencia a sua filha no gosto pela moda? Rola essa ligação fashion entre vocês duas?
A Bebel, como qualquer criança aos quatro anos, se diverte muito com isso tudo e então a gente tem momentos de brincar, e claro que o closet chama muito a atenção dela, de brincar com os óculos, vestir algumas peças… não acho que isso a afeta na forma de influenciar, ela só tem quatro anos. Mas com certeza, ao crescer, ela vai entender o principal (e acho que ela já entende hoje, inclusive): se vestir do jeito que ela quiser, da forma que ela quiser. Hoje ela já faz isso, e eu dou essa liberdade a ela para escolher o que ela quer. Essa é a maior influência que eu vejo do meu meio em sua vida hoje, esse virou o meu maior propósito (e eu entendi isso também na minha jornada). Fico muito feliz em ver essas descobertas, se vestir do jeito dela, misturar uma fantasia com a outra, misturar peças, ela quer se divertir!
Qual a parte mais gostosa e a mais desafiadora de ter sido mãe aos 23 anos?
Com certeza uma das maiores vantagens de ser mãe jovem é o pique e a disposição, a gente tem pique para fazer tudo e eles não param nenhum segundo e estar ali para acompanhá-los. A minha geração também tem uma cabeça mais aberta, eu me vejo mais leve do que a minha mãe para algumas coisas, sou mais tranquila com a Bebel. Por exemplo, se a Bebel entorna alguma coisa na roupa dela eu falo ‘não tem problema, a gente troca’, e ela mesma repete essa frase quando isso acontece ‘mamãe, não tem problema, a gente troca’. E na minha época, na idade da Bebel, era ensinado de outra forma. Para mim, ser mãe jovem é mais simples, eu simplifico mais, pois sou mais easy e descomplicada.
E quando você bombou na internet, o que precisou fazer para conciliar a sua versão influenciadora e a sua versão mãe? Existe um segredo para dar conta de tudo?
Na verdade eu me tornei mãe e a vida de influenciadora veio depois. Eu tive que aprender a equilibrar o trabalho com o maternar, até hoje esse é o meu maior desafio. Quando nos tornamos mãe a gente sente um pouco essa culpa que nos consome, sempre pensando ‘eu podia...’ esse é o meu maior desafio, o equilíbrio para conciliar ambos. Mas quando eu estou com a Bebel, e nas nossas conversas, eu sinto que estou fazendo meu papel bem feito, isso alivia meu coração e essa culpa, porque vejo que está dando certo. Meu maior desafio sempre vai ser esse, assim como ainda é para a minha mãe, conciliar tudo: mãe, esposa, comunicadora, amiga dos meus amigos, irmã dos meus irmãos. Eu sou uma Malu melhor como mãe quando eu sou a Malu melhor em todas as áreas, é sempre aprender a equilibrar para ser mãe da melhor forma possível.
Como uma verdadeira lançadora de tendências, o que você mais presta atenção no momento de escolher uma peça, uma cor, um acessório? Existe um ‘feeling’ que precisou ser treinado ao longo do tempo?
Esse feeling tenho 100% certeza que herdei da minha mãe [a consultora de moda Marcia Borges], sempre tive essa sensação de gostar de algo antes de virar um “super algo”. Lembro quando vi uma camisa com uma mini Hello Kitty e aquilo me despertou algo, depois comprei a bolsa e outras peças. Quando virou uma super trend todas as fotos que ilustravam a tendência me mostravam, e nada disso foi premeditado. Quando eu usei a camisa de futebol também. Queria criar um look com a camisa do Brasil, comprei um corta-vento vintage que demorou para chegar… e depois vi que estava sendo marcada em posts de movimentos ‘Brazilian Aesthetic’. É muito um feeling mesmo, em certas situações fico surpresa, até eu mesma demorei um tempo para entender e dar significado para isso. Mas te digo que nada mais e nada menos do que feeling.
E em quais tendências você já está de olho para os próximos meses?
Estou amando looks com muitas camadas, é claro que precisamos equilibrar, até porque aqui no Brasil, por ser um país tropical, porém confesso que sou friorenta, então crio looks um pouco mais “invernais”, mas a ideia são looks criativos com várias camadas, sinto que vão ficar bastante em alta. Outras tendências que vi nas passarelas (eu amei, inclusive) são camisas sociais com luvas mais largas (como se estivessem completando o braço), são duas sobreposições interessantes.
Muito se fala sobre suas produções baphônicas e fora da caixinha. Mas e quando o assunto é beleza? Qual o seu estilo e apostas certeiras no dia a dia?
Eu, como uma grande amadora em fazer minhas próprias makes, eu me descobri fazendo, sabendo os traços que gosto de valorizar, que ressalta a minha personalidade ‘essa aqui é a Malu’. Gosto de makes mais leves, mas também de um bronzer. Adoro passar máscara de cílios em tons terrosos, avermelhado, como meu olho é claro, pesa muito com uso máscara de cílios preta. Tudo isso fui percebendo fazendo mesmo. No dia a dia faço quase sempre a mesma make, que eu sei que fica do jeito que gosto, a minha cara.
Com parcerias tão fortes como Fendi, Loewe, MiuMiu, Prada e Schutz, em quais projetos você pretende estar envolvida nos próximos meses?
Cada vez mais procuro fortalecer ainda mais as marcas incríveis que já trabalho, então sempre pensar em criar novos projetos e formatos com eles, pois esse relacionamento com elas significa muito para mim, me sinto realizada e feliz por completo. E também quero construir uma relação com marcas que tenho desejo de trabalhar.
Agora uma pergunta um tanto incomum para alguém tão ousada e versátil: existe alguma peça ou tendência que você olha e pensa: “Não uso de jeito nenhum”?
Eu amo o desafio de usar algo nada a ver comigo, ou algo que o meu olho não brilharia da primeira vez… gosto do desafio, em criar algo a partir de uma peça que inclusive eu não usaria rs