Pop culture

Rainer Cadete, o 'Luigi' de Terra e Paixão fala com a L’Officiel

Conheça detalhes sobre a vida e carreira do ator Rainer Cadete, que vive o sucesso do italiano 'Luigi' de Terra e Paixão

Rainer Cadete
Foto: Faya

Quem não se lembra da genialidade do booker Visky em Verdade Secretas, vivido por Rainer Cadete? Para quem estava com saudades do ator, a boa notícia é que ele tem "roubado a cena" atualmente no horário nobre da Globo, na trama 'Terra e Paixão'. Isso mesmo, ele surge com o seu talento ímpar e entrega tudo, dando da vida ao italiano Luigi. Divertido, amigo, apaixonado, golpista, às vezes confuso e mulherengo. Luigi é tudo isso de uma vez só e é desse jeitinho mesmo que vem conquistando ( e muito) o público.

Contudo, o ator considera que o Visky, de Verdade Secretas I e II, o consagrou como um dos grandes talentos da nova geração. "Com certeza o Visky foi um personagem que colocou uma lupa de aumento no meu trabalho, na capacidade de me transformar em busca de um personagem. Essa característica de ator “camaleônico” que eu trago do teatro, sempre interpretando papéis diferentes de mim e diferentes um do outro", comemora.  

Se em Verdades Secretas, Rainer, teve resultados positivos, em Terra e Paixão, o ator se sente agraciado em poder contracenar com grandes talentos da dramaturgia brasileira. "É um sonho realizado conviver com pessoas que construíram a teledramaturgia. É um presente das deusas para qualquer ator. A Globo não pode ficar sabendo, mas eu pagaria para conviver com esses atores (risos)", brinca o ator que abre o coração em entrevista a seguir pra L'Officiel Brasil.  

 

person sitting adult male man footwear shoe blazer coat wood

L'OFFICIEL: Você consagrou-se como um dos grandes talentos da nova geração após interpretar o divertido booker “Visky”, na novela “Verdades Secretas”. Você considera esse trabalho como sua maior descoberta?

RAINER CADETE: Com certeza o Visky foi um personagem que colocou uma lupa de aumento no meu trabalho, na capacidade de me transformar em busca de um personagem. Essa característica de ator “camaleônico” que eu trago do teatro, sempre interpretando papéis diferentes de mim e diferentes um do outro. E o Visky foi um pouco sobre isso, sobre a capacidade de um ator transformar o corpo, a energia e a voz em busca de um personagem. Para mim não está nada ganho, continuo trabalhando vocacionalmente, com muito amor. Eu tô no corre, fazendo testes, continuo tendo que provar que posso me transformar para fazer um personagem, estudo diariamente. Então, para mim, o "lá", quando falam que eu "cheguei lá", não existe. Existe todo um processo, um meio, que é onde todos estamos, onde pegamos velocidade. Porque o início e o fim a gente já sabe muito bem como é, agora esse meião é o que interessa.

L'OFFICIEL:  Em Terra e Paixão você faz o italiano Luigi, ao lado de atores renomados. Como é trabalhar ao lado dessas feras da dramaturgia?

RAINER CADETE: É um sonho realizado conviver com pessoas que construíram a teledramaturgia. É um presente das deusas para qualquer ator. A Globo não pode ficar sabendo, mas eu pagaria para conviver com esses atores, rs..

 
 

L'OFFICIEL: Como você relaxa depois de um dia cansativo de trabalho?

RAINER CADETE: Quando não estou trabalhando, eu costumo dedicar meu tempo ao meu filho, Pietro, fazer uma comidinha, ouvir ou fazer um som, ver um filme, malhar juntos e a gente assiste a novela e comenta sobre. No domingo, dia da minha folga, a gente gosta de sair pelo Rio.

L'OFFICIEL: O que você faz para ficar em forma?

RAINER CADETE: Cada personagem tem uma forma. Pro Luigi, eu imaginei que seria mais magro do que eu estava, então eu tenho uma equipe que me instrui a alcançar o corpo que idealizo para personagem de maneira saudável.  Nutricionista, nutrólogo, personal trainer, preparador de movimento, massagista, que chegam junto para montar esse corpo do Luigi. E é isso, uma dieta, exercícios físicos acompanhados, bastante água, tento dormir 8h de sono por noite e vamos indo em busca da forma que almejamos para a personagem.

 

L'OFFICIEL: Tem algum fato engraçado durante a sua vida que pode contar para a gente?

RAINER CADETE: Quando eu tinha 11 anos eu fui morar na Itália, minha mãe se casou com o Raffaele, um italiano e fomos morar lá. E eu fui estudar em uma escola tradicional em Roma, onde eu tinha que aprender inglês, francês, espanhol e latim em italiano, que eu sequer falava! Mas, depois de uns meses, eu já estava fluente no italiano, só que meus amigos queriam que eu sambasse e jogasse futebol, afinal que brasileiro não sabia, não é? E aí, começaram a me chamar de brasileiro “fake” por não saber sambar nem jogar futebol. Hoje já sambo direitinho, mas tenho duas pernas esquerdas para o futebol e sou destro.

L'OFFICIEL: Se você pudesse se encontrar com qualquer pessoa no mundo, quem seria e por quê?

RAINER CADETE: Eu tenho em mente algumas pessoas. Eu sou monotemático, quando eu tô fazendo um trabalho, eu fico com o olhar direcionado apenas para coisas daquele universo. Então, eu tenho assistido muitos filmes clássicos italianos. Se eu pudesse encontrar alguém, eu gostaria de encontrar o Fellini, o Pasolini, o Ettore Scola, o Luchino Viscont, Paolo Sorrentino, Marco bellocchio e pediria para fazer um filme com eles.

person sitting adult male man face head

L'OFFICIEL: Você foi pai jovens, aos 18 anos. Quantos anos ele tem e como é a relação de vocês? Vocês moram juntos? 

RAINER CADETE: Eu fui pai aos 19. Descobri aos 18, mas quando o Pietro nasceu eu já tinha 19. Hoje em dia, ele tem 16 anos e nossa relação é uma das coisas mais preciosas pra mim. Moramos juntos e eu costumo brincar que ele é o coração batendo fora do meu corpo. É muito lindo poder acompanhar o crescimento de outra pessoa e é muito especial sentir esse amor incondicional por alguém. É um querer bem que não cabe no peito, só de pensar nele meu olho já brilha e eu tenho muito orgulho. Ele é um poeta, me ajuda muito a melhorar como pessoa, está se tornando um homem com um caráter super bacana, cheio de virtudes. A nossa parceria é muito especial, hoje em dia ele já está maior, então estamos curtindo novas coisas juntos. Ele é meu filho e eu tenho total consciência de que eu tenho que ensinar coisas como amor, fé, limite, resiliência, empatia etc… mas ele também é meu “brotherzão”, então a gente conta tudo um para o outro. Sempre tento fazer o melhor que eu posso por ele e para ele, é preciso que a gente se garimpe para revelar o que realmente somos, essencialmente.

 
head person face adult male man smile portrait beard hair
clothing coat jacket face head person

Fotos: Faya (@studiofaya)
Styling: Anderson Vescah (@vescah)
Beauty artist: Bruno Alsiv (@brunoalsivmake)

Tags

Posts recomendados