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Rayssa Bratillieri fala com exclusividade para a L’Officiel Brasil

Em entrevista exclusiva para a L’Officiel Brasil, Rayssa Bratillieri fala sobre sua trajetória, projetos especiais, planos futuros, estilo e vida amorosa

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Foto: Anthony Garcia

Rayssa Bratillieri apresenta um crescimento exponencial diante as câmeras da televisão brasileira. Começando com Malhação, a jovem atriz ganhou o coração do público, e após diferentes produções na TV Globo e um longa internacional, brilha como Ísis na novela ‘Elas por Elas’, da mesma emissora. 

  

Quando questionada sobre sua atual personagem, Rayssa a intitula de “heroína” e aproveita para falar sobre o desafio que enfrentou para interpretar uma ativista, já que levantar bandeiras em novelas parece ser um feito arriscado, mas quando bem executado, um potencializador de representatividade. Em um bate-papo leve e genuíno com a L’Officiel Brasil, Rayssa fala sobre suas origens, carreira, projetos futuros, vida amorosa, estilo de vida e autocuidado. Confira:

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Foto: Anthony Garcia

Fala um pouco da personagem ‘Isis’, em “Elas por Elas”, nova novela da Globo. O que podemos esperar dela?

Ísis é determinada. Intuitiva. Uma veterinária, protetora animal, ativista que foi criada pela mãe solo e pela sua tia Marlene. A busca pela identidade de seu pai é o objetivo de sua vida, pra saber sobre suas próprias origens, mas a mãe reafirma sempre que ele é um gringo que ela ficou apenas uma vez.

 

Da Ísis, podem esperar uma heroína que não se vitimiza e que não abaixa a cabeça pra injustiça. É uma dificuldade fazer e manter personagens militantes e não afastar o público pelo levantar de bandeiras e isso foi uma preocupação minha desde o início quando li os primeiros capítulos. De todo jeito, a coisa mais importante que um ator deve fazer é ser fiel ao personagem que lhe entregam e honrar o serviço que é levar empatia e conhecimentos sobre alguns assuntos.

 

Você é paranaense, se mudou para o Rio de Janeiro aos 17 anos para investir em sua carreira de atriz e hoje, já até estreou o seu primeiro filme internacional, gravado em Hong Kong! Como lida com essa necessidade de viajar? Tem um “espírito nômade”?

Não sei ainda se é pelos 20 e poucos anos, mas não tenho uma necessidade de me fincar em um lugar. Não sei se nômade é a palavra. Mas minha mãe repetiu muito pra eu ser uma “cidadã do mundo” e afirmações de mãe tem poder. Sinto que o mundo é grande demais pra deixar de pensar em conhecê-lo ou deixar um só lugar determinar quem eu sou. Minha mudança pro Rio com 17 anos foi uma das maiores transformações na minha vida. Amadureci muito em muito pouco tempo, essa é a sensação que eu tenho. Entendi muito sobre máscara social saindo de uma cidade pequena e me mudando pra cá. Pelo menos, na minha referência. Tenho vontade de morar um tempo fora do país também pra estudar outra língua e atuação. Morar por um período em outra cidade do Brasil. Mas talvez com o tempo e o amadurecimento comece a surgir em mim uma necessidade maior em criar raízes. Isso me parece fazer sentido.

 

Sobre trabalhar viajando… Dois longas que participei, viajei pra gravar: “The Modelizer”, que, no meio da pandemia, fomos pra Hong Kong, e “Apaixonada O filme”, que logo estará nos cinemas, gravado uma pequena parte em Buenos Aires, Argentina. Eu não poderei reclamar se for sempre assim, trabalhar viajando.

  

Sobre o longa “The Modelizer”, o filme internacional que mencionei na pergunta anterior. Recentemente, você esteve na première da obra em Los Angeles, e agora, literalmente, é uma estrela Hollywoodiana! Como é a sensação?

Sensação de estar conquistando as coisas com meu esforço, determinação e dedicação. E não tem coisa melhor nesse mundo. Não sou uma estrela hollywoodiana, só consegui ter a grande oportunidade de protagonizar meu primeiro longa gravando em outra língua, em outra cultura e, ainda por cima, também falando em português no filme. E, ao meu ver, é sempre uma vitória conjunta exportar a nossa cultura pro mundo ver. Sinto que pude ter esse gostinho também.

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Foto: Anthony Garcia

No filme, você interpreta uma modelo brasileira. Como se preparou para o papel e quais foram as suas principais inspirações?

Preparando meu inglês, primeiramente. Mergulhei, escutei e li muitos casos sobre a realidade nada glamourosa da moda, sobre as escolhas de algumas modelos de irem à Ásia trabalhar, um espaço tão distante do que a gente chama de casa. Lá, eles pagam por hora, o que pode fazer você ganhar mais dinheiro, mas também ser mais maltratada.

   

Tem muitos blogs de modelos na internet que contam histórias detalhadamente e eu li todos. As modelos brasileiras Camila Albanezzi e Bruna Pivatto,que conheci em Hong Kong, também foram duas referências maravilhosas pra mim; tive ótimas trocas com elas e suporte. Hoje, posso chamá-las de amigas.

   

Também tive um processo de preparação com Thais Mansano, que me acompanhou na viagem – ela me prepara em todos os meus projetos. E, como referência artística, tive o filme “Lost in Translation”, da Sophia Coppola, protagonizado por Bill Murray e Scarlett Johansson.

   

Você transita entre o cinema, a televisão e o streaming. Qual seria a principal diferença entre os três? Tem um preferido?

Quero poder fazer de tudo. E vejo as diferentes importâncias que cada um tem. Mas não posso mentir que o cinema tem um lugar especial no meu coração. Tive até agora só uma oportunidade de trabalhar numa série, “Amor da minha Vida”, da Star+, que provavelmente estreará ano que vem. Foi também ótima a experiência.

  

Sobre preferência, não acho que tem tanto a ver com a forma, mas sim com o conteúdo… se tiver um bom texto, uma boa equipe e, claro, um bom personagem, quero estar dentro.

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Foto: Anthony Garcia

Você é ambientalista, vegetariana e, com certeza, é aquela “amiga” que queremos seguir nas redes sociais. Como costuma direcionar o seu poder de influência em relação às causas que defende?

Sei que a maioria das pessoas que me segue advindas de “Malhação” é de jovens que estão formando suas opiniões e serão amanhã o futuro do mundo. Como sempre fui curiosa, gostaria que tivessem falado pra mim mais cedo algumas coisas que hoje faço, leio, consumo. Então, toda vez que acredito que algo valha a pena, gosto de compartilhar. Meu foco principal é sempre estar alinhada comigo e com meus valores. Seja sobre política, meio ambiente, literatura, cinema…

  

Inclusive, criei um canal de transmissão no Instagram exatamente pra conseguir compartilhar as coisas que me interessam e me instigam… se chama “vento quente”.

   

Como definiria o seu estilo? 

Cada dia mais básica e clássica.

   

Seu prato vegetariano favorito: 

Strogonoff vegano de soja.

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Foto: Anthony Garcia

Uma tendência de moda que foi embora, mas que com certeza você traria de volta: 

Sempre arco de cabelo, mas eu acho que já está voltando. 

   

Um truque de beleza que toda mulher deveria conhecer: 

Óleo de rosa mosqueta. 

   

Como define a sua vida amorosa atualmente? 

Viva e ardente.

   

Como se vê daqui a 10 anos?

Tomara que sendo muito feliz com minhas escolhas.

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