Fasano Trancoso: um paraíso no litoral!
No balanço das ondas! A rede Fasano desembarcou em um dos trechos mais bonitos do litoral brasileiro, em Trancoso, com todas as delícias do bem-estar. É hora de viver cada uma dessas experiências em grande estilo!
O sol destaca os relevos do litoral do sul da Bahia, em Trancoso, de forma singular. Das falésias enormes, sólidas e coloridas, na praia de Taípe, à vegetação que cobre a praia dos Coqueiros, toda a orla é cercada por areia macia, branca e piscinas naturais de águas quentes e transparentes, que se formam com o vaivém das marés.
Desde dezembro do ano passado, o Hotel Fasano Trancoso aportou nesta paisagem de maravilhas e abriu as portas de seu empreendimento, em um terreno de 300 hectares, cem deles mantidos como área de preservação ambiental, na charmosa praia de Itapororoca, onde a mata nativa e o horizonte de tons diversos de azul levam os visitantes para um tipo de percepção que reúne conforto, natureza, aventura e senso de comunidade. Distante cerca de 600 quilômetros de Salvador, o acesso mais utilizado para se chegar ao complexo é pelo Aeroporto de Porto Seguro. Desse ponto, o hóspede pode seguir de carro, por uma das balsas ou de helicóptero.
No pequeno caminho percorrido até o hotel, já na estrada de Itaquena, o entorno revela a grandiosidade do Reserva Trancoso — um projeto que contempla não apenas o Hotel Fasano, com seus bangalôs e villas residenciais, mas também lotes das Estâncias Fasano e residências. Na entrada do refúgio, as primeiras pistas dão conta do layout contemporâneo, rústico e sofisticado escolhido por Weinfeld, que harmoniza com a exuberante vegetação. Um dos espaços mais interessantes da planta é o deck de 500 metros quadrados que se estende pela frente da propriedade e que oferece ao turista a chance de se refrescar nas águas da Costa do Descobrimento com tranquilidade.
Labirinto nativo
Construída com lâminas largas de madeira, a plataforma faz a ligação entre três piscinas – a principal, cujos recortes intermitentes desenham minidecks, perfeitos para aqueles que buscam privacidade; a infantil, que receberá (em breve) um pequeno restaurante; e a do spa. A estrutura traçada tal qual um tabuleiro a céu aberto conecta-se como se fosse uma passarela em frente ao mar, disposta de uma ponta a outra do hotel, por onde os hóspedes circulam para chegar à praia, ao spa, aos restaurantes e a alguns dos bangalôs. Os dormitórios têm seus limites envolvidos por paisagem nativa que preserva a intimidade, principalmente, de quem quer relaxar na rede disposta na varanda. No terraço do piso superior há uma vista única do lugar.
No movimento
O hotel oferece diversas atividades ao ar livre para desbravar Itapororoca. Canoas havaianas, caiaques e pranchas para stand-up paddle estão disponíveis para os exercícios náuticos, ao mesmo tempo que se pode cavalgar ou andar com as chamadas “fat bikes” na praia. Um detalhe interessante é que essas bicicletas têm pneus mais largos para não criar sulcos e lombadas na areia, pois dificultariam o acesso das pequenas tartarugas até o mar. Essa é, aliás, uma preocupação que envolve o conceito do Reserva. Como o trecho da orla que dá para o hotel guarda uma área de reprodução desses animais, as lâmpadas do jardim foram direcionadas para iluminar apenas o chão e todas são voltadas para o hotel. Assim, quando os filhotes saem dos ovos e procuram as luzes do céu para guiar-se para o mar eles não se confundem. O cuidado com o meio ambiente é muito presente ali. A mata natural foi preservada e é encontrada por todos os lados. Andando pelo hotel é possível deparar com pequenos calangos que cruzam o caminho, bichos-preguiça, borboletas coloridas e inúmeras espécies de pássaros. As flores, representadas principalmente por bromélias, tingem de um colorido festivo a borda da piscina.
Comfort food
Os sabores também são parte importante do roteiro local. Além do restaurante principal do empreendimento, há uma outra opção onde são servidos pratos leves e quase todos preparados em uma grelha. Lá, mesas e sofás de madeira, cobertos por grandes almofadas brancas, estão dispostos sob uma amendoeira gigante. Tudo absolutamente rústico e chique, no melhor estilo pé na areia, um charme típico de Trancoso.
Bem-estar
Essa sofisticação despretensiosa continua no spa. Equipado com sauna a vapor, piscina, um pequeno fitness center e quatro salas de tratamento, o centro de saúde e de beleza dedica-se também ao wellness, a contar pelo procedimento aplicado com o óleo retirado das pétalas da flor de tiaré, originária da Polinésia Francesa, rica em ácido salicílico, vitaminas, minerais e antioxidantes. O ritual de até duas horas, desenvolvido pela massoterapeuta e terapeuta holística Fabrícia Nogueira, responsável pelos spas da marca, começa com um escalda-pés e uma esfoliação corporal com água de alecrim, açúcar de coco e o óleo da planta, com massagem no couro cabeludo e, ao final, é feito o lifting facial.
Social
Com a energia do corpo realinhada, chega o momento de conhecer o Quadrado, centro do vilarejo de Trancoso onde estão os registros da presença portuguesa, datada do período da colonização do País.
Ao lado da igreja de São Batista, de 1656, casas coloridas dos antigos moradores transformam este quadrilátero em uma verdadeira pintura. Algumas, aos poucos, foram ocupadas pelo comércio, como o restô Jacaré do Brasil, inaugurado pelo economista paulistano Fernando Droghetti. O local é disputadíssimo e está recheado de ambientes ultracharmosos, e um lounge bar, com drinques autorais maravilhosos. Ali é onde todos se encontram e tudo acontece, sempre ao som de uma playlist deliciosa, gastronomia baiana contemporânea e um serviço irretocável. Minha dica é se jogar no risoto de lagosta e alho-poró: imperdível.
Além do óbvio
A vocação cultural dessa região da Bahia parece multiplicar a produção artística em Trancoso. O destaque fica para o acervo da paulista Joana Vieira e suas expressões atemporais do barroco nacional. É uma miscelânea de imagens sacras, miçangas, tecidos e materiais diversos do handmade indígena, com as famosas iemanjás que circulam pelo mundo afora, santos e orixás supercoloridos. Obras que reciclam e repensam formas e símbolos religiosos.
Saindo do belíssimo ateliê da Joana, já no caminho de volta para o hotel, encontramos outro criativo, o designer porto-alegrense Hugo França. Conhecido por suas peças em madeira, feitas com árvores que seriam descartadas naturalmente, ele cria esculturas mobiliárias – respeitando as formas das rachaduras, dos buracos e das marcas de queimadas. Durante o nosso bate-papo, Hugo comenta que pretende converter a oficina de Trancoso em uma espécie de núcleo educacional para levar à comunidade os conceitos de arte, design, arquitetura e fotografia, além de criar uma biblioteca e um museu.
Fechamos o tour nos deliciando com os pratos do chef Zé Branco, que há mais de 25 anos está na área de gastronomia do Grupo Fasano, e que equilibra ali a culinária italiana com o tempero baiano. Os pratos são divinos, como a moqueca e o bobó de camarão. Fim da linha. Hora de partir. E fica o aprendizado dos moradores locais, donos de conversas despretensiosas e animadas: “A gente gosta de gente” – e esse é o maior patrimônio e o grande segredo da felicidade escondida em Trancoso.