Hit da temporada: aparelhos que melhoram a flacidez muscular

O ano de 2020 passou longe de ser uma viagem de cruzeiro. A gente comeu demais, se mexeu de menos, bebeu além da conta, dormiu muito aquém do que deveria. Fato é que muita gente (a maioria) ganhou peso e perdeu massa muscular. Eis que a tecnologia de beleza entendeu o recado, e o hit nos consultórios dermatológicos é justamente um aparelho que melhora a flacidez muscular.

“O CMSlim promove contrações supramáximas que equivalem a 20 mil abdominais ou agachamentos em 30 minutos, graças à tecnologia High Intensity Electromagnetic Muscle Trainer (HI-EMT), que provoca a contração da fibra muscular em frequência e intensidade impossíveis de realizar voluntariamente”, conta a dermatologista Adriana Salgado, de São Paulo. O dispositivo é indicado para melhorar a composição corporal, ganhar força, condicionamento e rendimento muscular e trata áreas como abdômen, glúteos, coxas, panturrilhas, bíceps e tríceps. Em outras palavras, recupera, sim, o prejuízo – sem atividade física, em um mês pode-se perder até 30% da capacidade muscular adquirida em um ano.

Além do aumento de massa magra, há também queima de gordura corporal na área tratada e melhora da diástase abdominal (problema muito comum após a gestação), do contorno corporal, da definição dos músculos, do equilíbrio com fortalecimento da musculatura do core.

O CMSlim tem fluxo de 7 teslas (1 tesla equivale à força de um ímã para movimentar 1 quilo). Esse fluxo precisa ser grande para atravessar uma camada de gordura maior até atingir o músculo, assim como para estimular músculos mais relaxados e mais fracos, no caso dos sedentários. “Essa tecnologia foi desenvolvida para hipertrofia, aumento de força e resistência, tanto para atletas quanto para os que desejam complementar sua prática de exercícios, e proporciona resultados mais rápidos e melhores”, explica a dermatologista Denise Barcelos, do Rio de Janeiro. Em pessoas com sobrepeso, o ganho de massa muscular auxilia na perda de gordura, porque o tecido muscular tem maior gasto energético do que o adiposo. “É possível ainda associar o CMSlim a vários outros protocolos, como o Exilis, o Reaction e bioestimuladores de colágeno, de acordo com o objetivo pretendido: queimar gordura localizada, combater celulite, diminuir flacidez”, relata a dermatologista Luciana Caldas, de São Paulo. A fisiologia básica da musculatura diz que você passa a ter resultado depois de seis treinos; por isso, são indicadas de seis a oito sessões.

Outro aparelho já vinha atuando nessa mesma linha de malhação sem esforço, com contrações supramáximas. É o EMSculpt, que usa a tecnologia High-Intensity Focused Electro-Magnetic (Hifem). “Segundo estudos científicos, ele consegue atuar não só na hipertrofia como na hiperplasia, ou seja, novas fibras musculares”, diz Cristiano Kakihara, de São Paulo.

A Hifem interage com o nervo motor enquanto a pele permanece intacta. A energia focada é indolor, porém há quem sinta um incômodo, já que ela contrai os músculos. “As duas máquinas são ótimas, só que estimulam a contração muscular de forma diferente. O CMSlim atende vários perfis de pacientes, porque traz diferentes programas – simulador de treino de academia, com alongamento, aquecimento e relaxamento muscular, por exemplo”, finaliza a médica Adriana Salgado.