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Charles e Diana: conheça a doença em comum do ex-casal

Charles e Diana tinham muitas coisas em comum, inclusive Rosácea, uma doença de pele

Princesa Diana e Charles
Princesa Diana e Charles

O que o Rei Charles e Diana tinham em comum? Ao ouvir essa pergunta, diversas questões podem passar pela sua mente, afinal, eles foram um dos casais mais falados dos anos 90. Mas, além do relacionamento entre eles, havia mais uma conexão: a rosácea, uma doença de pele que pode causar sintomas como vermelhidão, sensibilidade e irritação na pele. 

Além desses membros da realeza, outros nomes públicos que também tem essa condição, como a atriz Renée Zellweger e o ex-presidente norte-americano Bill Clinton. Quer saber mais sobre a rosácea? Entrevistamos a  Dra Juliana Neiva, médica dermatologista, pós-graduada em Dermatologia pela Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro, especialista pela Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) e membro da Academia Americana de Dermatologia, sobre o assunto. Confira!

Quais são as principais características da rosácea? E quais são os seus tipos?

A rosácea tem algumas características. É uma doença que cursa com uma pele sensível que pode ter acessos de vermelhidão, que são chamados de flushing, pode ter lesões de pústula parecidas com lesões de acne ou pápulas, que são bolinhas vermelhas. 

A classificação mais atual é de 2017 e fala das rosáceas e de seus subtipos e manifestações clínicas. É muito associado com as sensações de cada paciente, ou seja, além dos sintomas citados anteriormente, é analisado cada caso com as sensações que o paciente tem como ardor, sensibilidade, etc. 

Princesa Diana e Principe Charles (Foto: Getty Images)

O que provoca a rosácea? Essa condição é genética?

A rosácea é uma condição crônica, de origem ainda desconhecida e que não tem cura.  A doença tem gatilhos que variam de paciente para paciente e que podem ser mudança de temperatura (tanto frio quanto calor), atividade física, consumo de bebida alcoólica, estresse emocional e ingestão de comidas apimentada, etc. É preciso entender o caso do paciente e quais são os gatilhos que fazem seu quadro piorar.

Na sua opinião, qual é o grau de rosácea do rei Charles?

Na minha opinião, segundo a classificação mais antiga de 2002, ele entra na classificação de eritema por telangectasia, que se caracteriza pela vermelhidão e varizes faciais, que são esses vasinhos dilatados. Entretanto, em 2017 houve uma nova classificação que também leva em consideração os sintomas que o paciente apresenta, como se também tem ardor ou algum tipo de desconforto que acompanha a rosácea. Então, nessa nova classificação de 2017, eu o colocaria como um fenótipo papulopustuloso, com eventuais lesões de pústula que podem ser transitórias. 

Foto: Getty Images

Há algum tipo de tratamento para essa condição? 

A rosácea é uma condição crônica que não tem cura, mas tem tratamento para controle. Hoje a chave do tratamento é enxergar os gatilhos. É preciso entender o caso do paciente e quais são os gatilhos que fazem seu quadro piorar.

Quanto aos tratamentos, existem hoje os tópicos, que visam melhorar a resistência da pele com a hidratação e a melhora da microbiota cutânea, ou seja, o controle dos microrganismos que habitam a pele e que podem agravar certos casos quando em desequilíbrio.

Há também algumas tecnologias que podem ser aliadas para a melhora da resistência da pele, como é o caso de alguns lasers, que também podem ser usados para diminuir o tamanho das varizes faciais.

Princesa Diana e Charles

Quais são os fatores que podem agravar a rosácea?

Isso depende de paciente para paciente. Cada um apresenta gatilhos específicos que podem agravar o quadro de rosácea, é preciso uma avaliação da pele e dos hábitos de cada paciente, assim como um acompanhamento para identificar quais são os gatilhos individuais de cada um. 

Lady Di

Quem tem rosácea pode usar qualquer tipo de produtos de skincare e maquiagem? Se não, quais são as principais diferenças para quem tem essa condição? 

Quem tem rosácea entra no quadro de pele sensível e a pele sensível tem uma menor tolerância a vários cosméticos. 

Minha recomendação é que o paciente invista em menos produtos irritativos e redobre a atenção com o uso dos ácidos. Para quem tem essa condição, nem todo ácido é recomendado e o que melhor se encaixa é o ácido azeláico. No skincare, a dica é priorizar produtos com menos conservantes, menos pluralidades de ativos e sempre com foco na hidratação.  

 
Princesa Diana com a tiara Spencer (Foto: Getty Images)

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