Wellness

Quais exercícios físicos ideais para quem já teve COVID-19?

Academias e personais focam em programas de exercícios físicos pautados nas sequelas que o COVID-19 deixa. Saiba detalhes aqui
dance pose leisure activities person human shoe footwear clothing apparel

Sabemos que a prática regular de exercícios físicos é capaz de transformar o corpo, trazendo uma série de benefícios para a saúde e bem estar. Essa inclusive, é uma das razões pelas quais a prática de atividade física pode se tornar um aliado para pacientes que já tiveram COVID-19 e ainda possuem algum tipo de sequela, como confusão mental, dor muscular, dormência ou formigamento em alguma parte do corpo, falta de ar, insônia e tontura. 

 

No que diz respeito ao formigamento, por exemplo, protocolos médicos sugerem exercícios físicos, acompanhados de uma boa hidratação e suplementação a base de complexos vitamínicos. É preciso, no entanto, que os exercícios físicos sejam compatíveis a cada caso, para que sejam apenas benéficos, não produzindo efeito contrário. Quais seriam então os exercícios físicos ideais para quem já teve COVID-19? 

 

“Para as pessoas que tiveram COVID-19 e querem voltar a se exercitar, o treino apenas deve ser adaptado de acordo com a sequela que a pessoa relata”, explica Rodrigo Sangion, CEO da Le Cinq Gym, academia em São Paulo que está lançando um protocolo de atividade física para pessoas que tiveram a doença e ainda sofrem sequelas. 

 

“Uma pessoa que tem tontura com frequência, por exemplo, deve optar por uma modalidade de treino que não a faça ficar deitada. Para uma pessoa que tem falta de ar, o treino de HIIT (onde a frequência cardíaca é alta), não é o mais indicado; uma pessoa que tem dores no corpo, deve diminuir a carga na musculação”, revela. Confira uma lista de atividades indicadas para cada tipo de sequela:

 

spencer-davis-0ShTs8iPY28-unsplash.jpg
(Foto: Unsplash)

Confusão mental

O que não fazer: exercícios físicos ou modalidades que exijam grande estabilidade ou deslocamento. Por exemplo: lutas em geral, aulas de dança, circuitos de treinamento e avanço (exercício para pernas e glúteos, muito comum na musculação).

O que pode ser feito: musculação (com algumas exceções de exercícios, como o mencionado acima) e atividades cardiorrespiratórias moderadas. É permitido fazer aulas de bike indoor e andar na esteira, desde que as mãos estejam apoiadas. 

 

Dor muscular, dormência ou formigamento  

O que não fazer: musculação com cargas elevadas, visando o aumento da massa muscular ou qualquer outra atividade física de alta intensidade, como lutas, ou que pedem saltos.

O que pode ser feito: musculação com cargas baixas ou moderadas, alongamento, atividades cardiorrespiratórias sem sobrecarga (inclusive aulas de bike indoor, desde que não haja muita resistência nos pedais) ou que desafiam a mobilidade como circuitos de treinamento (também com cargas leves ou moderadas).  

 

Falta de ar

O que não fazer: atividades físicas que elevam a frequência cardíaca acima de 70% da capacidade máxima de esforço. É proibido, por exemplo, qualquer treino pautado no treinamento intervalado de alta intensidade, conhecido como HIIT.

O que pode ser feito: atividades físicas moderadas (que não elevem a frequência cardíaca acima de 70% da capacidade máxima de esforço).

emily-sea-coiWR0gT8Cw-unsplash.jpg
(Foto: Unsplash)

Insônia

O que não fazer: atividades físicas intensas e de longa duração (mais de uma hora de corrida, por exemplo), principalmente se executadas próximo ao sono (menos de duas horas antes de dormir).

O que pode ser feito: exercícios físicos que ajudam a relaxar, como ioga ou mesmo corrida de baixa intensidade, por cerca de meia hora, por exemplo.

 

Tontura de um modo geral ou ao se levantar 

O que não fazer: qualquer atividade ou exercício físico deitado ou no solo. Na musculação ou fora dela, como ioga e abdominais. Também não é recomendado exercícios que exijam deslocamento, como corrida ou bike convencional.

O que pode ser feito: atividades ou exercícios físicos na posição vertical (em pé) ou sentados, que não sejam de alta intensidade ou em deslocamento. Exemplo: bike indoor.  

 

Para quem mora em São Paulo, o protocolo criado pela Les Cinq Gym foi desenvolvido criado junto com a equipe técnica da academia, sob consultoria de Henry Dina, médico-assistente do Hospital Israelita Albert Einstein e da Clínica David Uip, de São Paulo. Todos os treinos são pensados de forma individual para os pacientes e específicos para cada quadro apresentado. 

“Ao retornar à academia, o aluno preenche um formulário em que responde se teve covid-19. Se a resposta for positiva, ele deve assinalar quais sequelas a doença deixou. A partir desses dados, será elaborado o treino, que leva em conta as restrições e recomendações relacionadas às sequelas apresentadas”, revela Guilherme Moscardi, coordenador técnico da Les Cinq Gym.

eugene-chystiakov-v41XgCDZE6Q-unsplash.jpg
(Foto: Unsplash)

Tags

Posts recomendados