Quest&otilde;es ligadas &agrave; sa&uacute;de mental como estresse, ansiedade e depress&atilde;o, podem agir como um gatilho para o zumbido nos ouvidos. Entenda tudo sobre o assunto!

O zumbido cr&ocirc;nico, caracterizado pela percep&ccedil;&atilde;o de sons incessantes nos ouvidos &mdash; como apitos ou chiados &mdash; n&atilde;o &eacute; apenas um sintoma auditivo isolado. Sua complexidade vai al&eacute;m, envolvendo uma liga&ccedil;&atilde;o entre a <a href="https://www.revistalofficiel.com.br/hommes/justin-bieber-amigos-do-cantor-temem-por-sua-saude-mental">sa&uacute;de mental</a>. Estudos revelam que essa condi&ccedil;&atilde;o pode ser tanto influenciada por fatores emocionais, como <a href="https://www.revistalofficiel.com.br/wellness/salma-hayek-tem-um-truque-finlandes-para-eliminar-o-estresse">estresse</a>, ansiedade e <a href="https://www.revistalofficiel.com.br/wellness/depressao-quais-exercicios-sao-eficazes-para-aliviar-os-sintomas">depress&atilde;o</a>, quanto ser um gatilho para o agravamento desses problemas.&nbsp;
Segundo a Dra. Nath&aacute;lia Prudencio, m&eacute;dica otorrinolaringologista, especialista em tontura e zumbido, essa condi&ccedil;&atilde;o pode surgir ap&oacute;s um per&iacute;odo de maior ansiedade, depress&atilde;o e estresse, ou no caminho contr&aacute;rio, quando o zumbido leva a esses diagn&oacute;sticos. "Em todos os casos, &eacute; necess&aacute;rio realizar uma investiga&ccedil;&atilde;o cl&iacute;nica para entender quais s&atilde;o os fatores contribuintes e como combat&ecirc;-los. Apenas um em cada dez pacientes apresenta o zumbido como um inc&ocirc;modo importante. Nessas pessoas, o sintoma pode ser um fator determinante para o surgimento ou agravamento de transtornos do humor, como a ansiedade e a depress&atilde;o&rdquo;, afirma. &ldquo;Entretanto, n&atilde;o podemos afirmar que fatores emocionais, isoladamente, s&atilde;o capazes de desencadear o sintoma. Na maioria das vezes, o fator emocional funciona como um gatilho para o surgimento ou agravamento do zumbido no ouvido no paciente, que normalmente tem v&aacute;rios outros motivos para t&ecirc;-lo&rdquo;, completa.

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De acordo com a especialista, &eacute; necess&aacute;rio investigar essa poss&iacute;vel rela&ccedil;&atilde;o, de forma que seja considerado o impacto do zumbido na sa&uacute;de mental e o impacto da sa&uacute;de mental em pacientes com o sintoma auditivo. &ldquo;Quando discutimos a rela&ccedil;&atilde;o entre zumbido no ouvido e ansiedade, precisamos analisar a quest&atilde;o por esses dois &acirc;ngulos: como a ansiedade afeta o zumbido e como o zumbido afeta a ansiedade&rdquo;, afirma. &ldquo;Na maior parte dos casos, o que observamos &eacute; que os fatores emocionais influenciam diretamente a percep&ccedil;&atilde;o do paciente sobre o zumbido e as caracter&iacute;sticas do zumbido em si, como o aumento da intensidade do som ou mudan&ccedil;as na sua frequ&ecirc;ncia.&rdquo;
Al&eacute;m disso, essa condi&ccedil;&atilde;o tamb&eacute;m pode estar ligada a quest&otilde;es f&iacute;sicas e cognitivas. &ldquo;Pacientes cujo zumbido est&aacute; relacionado &agrave; disfun&ccedil;&atilde;o temporomandibular que inclui altera&ccedil;&otilde;es na articula&ccedil;&atilde;o temporomandibular ou em m&uacute;sculos mastigat&oacute;rios, por exemplo, podem experimentar uma piora do sintoma em momentos de tens&atilde;o, pois esse estado pode gerar maior apertamento dent&aacute;rio e contraturas musculares pr&oacute;ximas ao ouvido&rdquo;, complementa. &ldquo;Pessoas com mordida errada, bruxismo ou que realizaram procedimentos dent&aacute;rios tamb&eacute;m podem apresentar zumbido no ouvido pelo mesmo motivo.&rdquo;

O zumbido cr&ocirc;nico tamb&eacute;m pode levar a impactos cognitivos, afetando fun&ccedil;&otilde;es como mem&oacute;ria, aten&ccedil;&atilde;o e capacidade de concentra&ccedil;&atilde;o. Esses diagn&oacute;sticos podem estar ligados &agrave; tentativa constante de ignorar o ru&iacute;do auditivo, segundo a m&eacute;dica.
A m&eacute;dica tamb&eacute;m ressalta que, para algumas pessoas, o ru&iacute;do pode ser entendido como algo inofensivo e pouco relevante; enquanto para outras, pode ser um enorme tormento, mesmo quando suas caracter&iacute;sticas s&atilde;o muito semelhantes.

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Para obter um diagn&oacute;stico confi&aacute;vel, &eacute; fundamental consultar um otorrinolaringologista ou um otoneurologista (otorrino especialista em zumbido e tontura). Hoje em dia, existem tratamentos para todos os tipos de zumbido e &eacute; fundamental compreender o seu quadro para que as medidas necess&aacute;rias sejam tomadas e o sintoma deixe de ser uma preocupa&ccedil;&atilde;o em sua vida.
Especialistas est&atilde;o trabalhando em novas abordagens terap&ecirc;uticas, como a estimula&ccedil;&atilde;o do nervo vago transcut&acirc;neo (taVNS). &ldquo;Esse m&eacute;todo costuma trazer resultado como uma estrat&eacute;gia para diminuir o impacto gerado pelo zumbido e o incomodo que os pacientes t&ecirc;m com ele, mas geralmente precisa ser associado a outras medidas e deve ser avaliado caso a caso&rdquo;, pontua a Dra. Nath&aacute;lia.

Al&eacute;m disso, a m&eacute;dica explica que interven&ccedil;&otilde;es alternativas baseadas em terapia cognitivo-comportamental (TCC), com uma adapta&ccedil;&atilde;o espec&iacute;fica para esses casos, tamb&eacute;m s&atilde;o trabalhadas. &ldquo;Essas interven&ccedil;&otilde;es buscam reduzir a a intensidade e a percep&ccedil;&atilde;o do zumbido e ensinar aos pacientes algumas t&eacute;cnicas de manejo de estresse e estrat&eacute;gias de enfrentamento que podem ajudar a quebrar o ciclo de ansiedade e depress&atilde;o associados &agrave; essa condi&ccedil;&atilde;o; isso resulta em uma abordagem de tratamento mais integrada e multidisciplinar&rdquo;, completa. &ldquo;Na maioria das vezes, existem v&aacute;rios outros problemas por tr&aacute;s dos sintomas e a cren&ccedil;a de que tudo n&atilde;o passa de um desequil&iacute;brio emocional faz com que muitas pessoas negligenciem a investiga&ccedil;&atilde;o m&eacute;dica&rdquo;, afirma. &ldquo;Podemos concluir que h&aacute; sim uma rela&ccedil;&atilde;o entre zumbido e a sa&uacute;de mental, mas n&atilde;o podemos afirmar que quest&otilde;es como estresse e ansiedade, isoladamente, s&atilde;o capazes de desencadear este tipo de quadro. Normalmente, o paciente apresenta v&aacute;rios outros motivos para ter o sintoma, sendo as manifesta&ccedil;&otilde;es emocionais, fatores associados. Se voc&ecirc; sofre com zumbido no ouvido, n&atilde;o deixe de buscar ajuda m&eacute;dica&rdquo;, conclui a Dra. Nath&aacute;lia Prudencio.

Saúde mental e ruídos persistentes no ouvido: qual a relação?

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