MFW: Max Mara se inspira na literatura das irmãs Brontë para o FW25

Vivemos um tempo pouco amigável, de fato, e a moda pode dialogar com essa realidade de algumas maneiras. O diretor criativo da Max Mara, Ian Griffiths, buscou respaldo na literatura das irmãs Brontë e na música de Felix Mendelssohn, todos do século 19. Neles, a atmosfera é densa, mas também escapista. Bingo! Boa conexão com os humores contemporâneos. De suas referências e impressões atuais surgiu a cartela começando por vermelhos berry e passando por verde musgoso, castor, caramelo e marrom escuro para então culminar na sequência final em total black. 

Ainda que o termo quiet Luxury já tenha perdido força pop, cabe como uma luva para descrever a elegância atemporal da estética Max Mara que, claro, deu o tom ao outono-inverno 2025/26 da marca. Há tricô e cashmere, principalmente, além de tweed, pele de carneiro e veludo liso e cotelê distribuídos entre casacos longos, saias longas com fendas generosas, tricôs sequinhos, meias-calças grossas, alfaiataria soft e jaquetas amplas. Os sentimentos de perigo e escapismo se materializaram no contraste entre volumes e comprimentos. 

Assim como uma boa literatura ou uma boa música, é uma roupa que reflete seu tempo e resiste a ele.