SPFW N59: Weider Silveiro, signos e simbologias da feminilidade
Para a SPFW N59, Weider Silveiro exercita a malharia em uma paleta de cores bem mulherão, às vezes romântica, às vezes fatale. Veja todos os detalhes!
Poucos conseguem reunir Björk, Joelma e Botticelli na mesma linha de pensamento e sair ilesos. Hoje, Weider Silveiro mostrou que está nesse grupo. Funcionando em frequência própria, o criador tem se esforçado em criar sua moda a partir de análises de signos e simbologias da feminilidade -- tanto que, faz questão de frisar, não faz moda agênero. É para elas, e ponto. Daí a figura da Vênus, que vem sendo registrada e relida através das eras.
É a partir dela que ele exercita a malharia, matéria-prima que se tornou seu xodó, em vestidos, tops, calças e paletós em uma paleta de cores bem mulherão, às vezes romântica, às vezes fatale, revendo ancas, silhuetas e bustos.
Weider é veterano e, mais do que a moda de hoje, gosta de reverenciar os mestres de ontem. Seu olhar parece ir naturalmente para nomes como Balenciaga (o original) ou Madame Grès nas construções em dobras, tiras e drapeados. Mas que, mais do que os antigos, são bem silveirianos.