Olimpíadas de Paris: Alison dos Santos é superação e positividade
Alison dos Santos coleciona vitórias dentro e fora das pistas, e é um dos nomes que deve brilhar nas Olimpíadas de Paris.
É de olho nos ponteiros dos segundos que os velocistas costumam mirar seus objetivos. O jamaicano Usain Bolt cravou o recorde de 9,58 na disputa dos 100 metros rasos, em 2009 – e, desde então, este é o índice a ser batido. Em outra categoria, a dos 400 metros com barreiras, é o norueguês Karsten Warholm que dita o ritmo. Dono da marca de 45,94 segundos, ele tem na cola dois atletas: o norte-americano Rai Benjamin, que detém 46,17, e o brasileiro Alison dos Santos, com 46,29. Ou seja, o terceiro da lista está a apenas 0,35 centésimos atrás de Karsten. Um espirro talvez seja mais demorado.
Promessa nas pistas, o paulista de São Joaquim da Barra é forte candidato ao pódio. Conhecido como Piu, Alison, que tem 23 anos, treina na cidade de Clermont, na Flórida, sob a batuta de Felipe de Siqueira. “O grande objetivo deste ano, claro, são os Jogos Olímpicos. O foco é a prova dos 400 metros com barreiras, mas se a equipe nacional se classificar no revezamento 4x400m e chegar à final, Alison também estará à disposição”, diz Siqueira. O atleta, que arrematou o bronze Olímpico em Tóquio, é o atual campeão do mundo na categoria. A sua primeira aparição laureada foi durante o Pan-Americano de Lima, no Peru, em 2019. À época, o jovem fez 48,46 segundos. Na sequência, ele avançou à final do mundial de atletismo, onde terminou na sétima colocação. Vale lembrar que o Brasil estava fora das finais de torneios expressivos há mais de uma década. Em 2021, Piu quebrou o recorde sul-americano e gravou o seu nome entre as lendas do esporte, sendo listado como o 14o melhor corredor da modalidade de todos os tempos. Para lacrar, em 2022, ele manteve o tempo de 46,29 no Mundial e levou pra casa a inédita medalha de ouro [no masculino]. “É importante frisar que ele ainda está em fase de preparação. Estamos fazendo um período longo, mas necessário de treinamento [Alison sofreu uma cirurgia no ano passado]. Vamos iniciar com meetings nos Estados Unidos até encontrar o ritmo ideal de competição e partir para as etapas da Liga Diamante, que acontecem em Doha (Catar), Oslo (Noruega), Estocolmo (Suécia), Paris (França), Mônaco (Principado de Mônaco) e Londres (Inglaterra). Neste meio tempo, ele vai disputar a Olimpíada – e com grande chance de vitória.”
