<p><em>Simbologia c&oacute;smica! <span style="font-family: inherit; font-size: inherit; font-variant-caps: inherit; letter-spacing: 0px;">Grafiteiro </span><span style="font-family: inherit; font-size: inherit; font-variant-caps: inherit; letter-spacing: 0px;">e músico, o </span><span style="font-family: inherit; font-size: inherit; font-variant-caps: inherit; letter-spacing: 0px;">paranaense </span><span style="font-family: inherit; font-size: inherit; font-variant-caps: inherit; letter-spacing: 0px;">Rimon Guimar&atilde;es busca na simplicidade das formas e no colorismo vibrante os seus principais eixos de cria&ccedil;&atilde;o.</span></em><span></span></p>

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        <p style="text-align: justify;"><span>A pintura e o grafite se retroalimentam de símbolos e signos na obra de Rimon Guimarães. O artista curitibano, de 36 anos, constrói um repertório iconográfico para falar de temáticas que transitam pelo social e pela história a partir de uma perspectiva muito urbana e particular. São negras as <a href="https://www.revistalofficiel.com.br/fashion-week/fendi-alta-costura-inverno-24">silhuetas</a> sobre as quais Rimon pousa o olhar e o pincel. E são simples os traços e os contornos utilizados por ele, formado pela Escola de Música e Belas Artes do Paraná.</span></p>
        <p style="text-align: justify;"><span>Com linhas primárias e clássicas, as mesmas que estão na origem do aprendizado do desenho desde os primórdios da humanidade, Guimarães cria séries de rostos inspirados em referências que também seduziram Picasso, Brancusi, Matisse e boa parte das vanguardas europeias da primeira metade do século 20. &ldquo;Fiz Belas Artes e não era obrigatório o ensino de <a href="https://www.revistalofficiel.com.br/cultura/monalisa-valor-seguro-e-historia-da-mais-famosa-pintura">artes</a> africanas e asiáticas, tinha a tendência do eurocentrismo nas obras, mas outras coisas me chamavam a atenção&rdquo;, conta ele, que sempre manteve o olhar atento para a presença do pan-africanismo nas artes. &ldquo;As grandes escolas que se dizem europeias, como Picasso e o cubismo, tiveram a presença das máscaras africanas. Gosto de ir diretamente à fonte e isso se reflete no meu trabalho. Improviso muito e essas coisas vêm como estímulos visuais.&rdquo;</span></p>
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        <p style="text-align: justify;"><span>Rimon quer levar para os murais nas ruas das cidades e para os quadros nas galerias o que chama de &ldquo;africanidade negada&rdquo;. &ldquo;Ela não existe na História da Arte, então tenho essa representação de corpos negros, de corpos que não são colocados como o principal da narrativa.&rdquo; Ele considera o grafite uma espécie de trabalho social, uma maneira de democratizar o acesso à arte para as pessoas cujo cotidiano, quase sempre duro e corrido, não passa por museus e galerias, privilégios das elites. Por isso, o artista encara com seriedade a presença de significados nos desenhos e </span><span style="font-family: inherit; font-size: inherit; font-style: inherit; font-variant-caps: inherit; letter-spacing: 0px;">a mensagem passada pelas composições. &ldquo;Penso muito em signos visuais, o que eles despertam em cada pessoa é subjetivo, ímpar. As representações que geralmente não são concebidas na história, que são coadjuvantes, trago para o primeiro plano&rdquo;, diz.</span></p>
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              <p style="text-align: justify;"><span>A liberdade é essencial nesse movimento. Raramente Rimon sai à rua com um desenho minuciosamente pré-concebido. &ldquo;Gosto de ir até um muro e deixar acontecer; deixar-me influenciar por coisas que acontecem na cidade, imaginar uma obra na hora e deixar o subconsciente atuar&rdquo;, revela. Aprender com o trabalho também é essencial. &ldquo;Não é só a reprodução de uma ideia. Deixo- me influenciar pelo meio em que estou.&rdquo; A mesma dinâmica ele leva para a música, universo no qual transita desde 2008, mas que aflorou com maior intensidade durante a pandemia </span><span style="font-family: inherit; font-size: inherit; font-style: inherit; font-variant-caps: inherit; letter-spacing: 0px;">para resultar no projeto &ldquo;Laguna Plena&rdquo;, com participação de Tuyo e Turbolencia. &ldquo;Minha música acontecia, mas ficava nas entrelinhas. Hoje essa união é natural, não penso em separar as coisas. A arte flui de várias formas.&rdquo; &ldquo;Laguna Plena&rdquo; rendeu até uma exposição com pinturas nascidas dos frames feitos para a animação de 40 segundos inventada como videoclipe para a música. O resultado foi tema de mostra na Caixa Cultural de Curitiba. &ldquo;São murais com personagens da música, com a paleta de cores da música. A expo tem música, animação, telas e gravuras. Uma coisa alimenta a outra e cresce o repertório de mídias&rdquo;, avisa Rimon, que mergulhou na filosofia cósmica do afrofuturismo do pioneiro Sun Ra para tramar as obras.</span></p>
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Rimon Guimarães: artes com temáticas que vão do social à história

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