Didi Wagner fala sobre ser mãe em entrevista à L’Officiel Brasil
Apresentadora fala sobre o impacto de suas gestações na vida profissional, os desafios e as delícias do relacionamento com as filhas Laura, Luiza e Júlia
Uma das apresentadoras mais populares da televisão brasileira abre o jogo quando o assunto é ser mãe. Didi Wagner é presença garantida na memória do público pelas coberturas de grandes festivais de música, como Lollapalooza, Rock in Rio e The Town, além de estar no comando de programas musicais e de viagens.
Com uma trajetória que passa pelos programas de videoclipes, ela já foi uma VJ da MTV Brasil. No Multishow, apresenta o Lugar Incomum, um dos programas de viagem mais longevos do canal que já passou por dezenas de países. Didi Wagner se transformou em uma referência no segmento de viagens e turismo, e sua influência nas redes sociais só ampliou sua visibilidade e alcance.
Em entrevista exclusiva à L’Officiel Brasil, Didi Wagner conta sobre o impacto de ser mãe na vida profissional, as dificuldades e os prazeres da figura materna, além de contar alguns detalhes de seu relacionamento com as filhas Laura, Luiza e Júlia. Confira!
1) Qual foi a principal lição que você aprendeu com a sua mãe e ensinou as suas filhas?
Minha mãe é filha da Eva, uma sobrevivente da Segunda Guerra Mundial que está atualmente com 94 anos, com saúde e lucidez. Enxergo que sou parte de uma linhagem de mulheres fortes e resilientes. Ela me ensinou a importância de ser autêntica e perseverante, e é isso que tento passar para as minhas filhas. Ser fiel a si mesma e nunca desistir dos seus sonhos, mesmo quando o caminho parece difícil.
2) Sobre o seu maternar, qual é o lado bom e qual foi/é o mais difícil da maternidade?
Acredito que seja dificil escapar de uma resposta clichê, já que o lado positivo e os desafios da maternidade são, normalmente, compartilhados por boa parte das mães. O lado bom é esse amor incondicional e profundo que se desenvolve, algo transformador. O lado mais difícil é preservar nossa identidade como mulheres, e procurar não anular totalmente nossos objetivos pessoais e/ou profissionais em prol da maternidade. É um equilíbrio delicado entre cuidar dos nossos filhos e não perder de vista quem somos como indivíduos.
3) A sua carreira em frente as telas foi boa parte formada por viagens nacionais e internacionais, e compromissos fora do CEP de residência, como as suas filhas lidam com a sua profissão? Você enxerga que alguma delas quer trilhar o mesmo caminho profissional que o seu?
Minhas filhas sempre foram uma parte vibrante e essencial da minha jornada profissional que, obviamente, sempre envolveu muitas viagens por conta do Lugar Incomum e das transmissões ao vivo dos festivais de música como o Rock In Rio. Mesmo quando eu preciso ficar longe de casa por períodos prolongados, sempre procuro manter uma comunicação frequente com as meninas para garantir que se sintam seguras e amadas, independentemente da distância ou do tempo em que eu preciso me ausentar de casa.
Eu amo minha carreira e as meninas têm consciência de que a minha escolha profissional me traz muitas satisfações. Ao mesmo tempo, o mundo está evoluindo em velocidade frenética e é difícil prever o que vai acontecer no mundo do entretenimento e das mídias. Procuro não influenciá-las em relação à escolha profissional, e, sim, apenas ajudar a seguir seus corações e buscar o caminho que permita que elas sejam felizes e realizadas.
4) Sabemos que o período da gestação é, para muitas mulheres, solitário. Você recebeu apoio de outras mães durante as suas gravidezes? Você tem alguma dica para uma mamãe de primeira viagem que durante a gestação da Laura você não sabia?
Quando fiquei grávida da Laura, em 2003, fui uma das primeiras da minha turma a ter filhos. As mídias sociais ainda não existiam, e a troca entre mulheres era menor. Sou grata por ter recebido apoio principalmente da minha família, meu médico ginecologista/obstetra e amigas mais próximas durante minhas três gravidezes. O período da gestação pode ser solitário para muitas mulheres. Vejo como uma evolução muito saudável e necessária o conceito de que ninguém deve julgar uma mulher por suas escolhas durante a gravidez e no período pós-parto (amamentação, etc).
5) Didi, quando falamos sobre cenário da música no Brasil, você é a referência que a maioria dos brasileiros tem pela sua cobertura dos principais festivais do país e por ter contribuído, de certa forma, para a formação musical de gerações, como apresentadora da MTV e do Multishow. Pensando nisso, gostaríamos de saber se as suas filhas ja apresentaram algum artistas que você não conhecia e que hoje não sai da sua playlist?
Antes de mais nada, muito obrigada pelo enunciado tão elogioso! Adorei! Minhas filhas são uma fonte incrível de novidades musicais. Elas já me apresentaram diversos artistas e bandas que eu não conhecia e que, agora, não saem da minha playlist. Alguns dos nomes que conheci através das meninas são, só para citar exemplos: Matuê, João Gomes, Keinemusik, L7nnon, entre outros.
É fascinante como a música continua a surpreender a gente e a conectar gerações. Estou sempre aberta a novas descobertas, e adoro quando minhas filhas compartilham comigo os seus gostos musicais. Acho que é uma forma maravilhosa de nos aproximarmos e compartilharmos momentos especiais juntas.