Melissa McCarthy e Javier Barden em entrevista exclusiva
Melissa McCarthy e Javier Barden falam em entrevista exclusiva para a L'Officiel Brasil, sobre a estreia do live-action de A Pequena Sereia, clássico da animação da Disney lançado em 1989
A adaptação em live-action de A Pequena Sereia mesmo antes de ter uma data de lançamento já dava o que falar por todas as mídias e redes sociais. O clássico da animação da Disney, lançado em 1989, foi um marco na empresa, sendo o primeiro filme do que se conhece hoje como a Renascença da Disney com o formato de musicais trazidos por Alan Menken e Howard Ashman presentes nas produções até hoje.
A nova versão é quase que uma celebração da original, mas com um toque um pouco mais moderno nos números musicais e também na escolha de elenco. Entre alguns novos nomes, estão os talentosos veteranos Javier Bardem e Melissa McCarthy. Bardem interpreta o Rei Tritão, o protetor e duro pai da protagonista Ariel. E McCarthy traz todo o seu carisma e humor para interpretar a vilã Úrsula - diva vaidosa e intérprete de uma das melhores músicas do filme.
A L’Officiel conversou com exclusividade com os dois atores para saber um pouco mais sobre a produção e como é estar na pele destes dois personagens icônicos. Confira a conversa abaixo.
Melissa, uma das coisas que mais me chama atenção na Úrsula é a vaidade dela. Na animação e no live-action, ela está sempre se arrumando. Como foi para você brincar com este aspecto dela? E também o quanto você se divertiu ao interpretar essa vilã tão deliciosa?
Melissa: Deliciosa é a palavra. Foi tão divertido. Eu sempre pensei nela como a minha drag-queen favorita. E adotei o contrário do que a Coco Chanel dizia. A frase era se olhar no espelho e tirar alguma coisa do seu look para não exagerar. Para a Ursula, a ideia era adicionar pelo menos umas seis outras coisas. Amei exagerar essa vaidade. É um narcisismo dela mesmo, porque é uma parte tão grande da personagem.
O que você acha que está por trás disso?
Melissa: Ela está lá embaixo sozinha. Quando olha para alguém, só a ela mesmo no espelho. Não acho que seja apenas uma coisa de a deixar mais bela. Ela realmente só tem a sua própria companhia, e das moreias Flotsam e Jetsam. Então é uma grande parte da identidade dela. Faz parte da personalidade ficar fazendo esses ares e se ajeitar. No filme eu também brinquei muito com a coisa de ajustar o velho bustiê. (brinca)
E Javier, interpretar o Rei Tritão parece desafiador, ele deve ser severo, mas também simpático, pois é um dos mocinhos do filme. O que você levou em consideração para trazer este lado dele e dar vida ao personagem?
Javier: O principal para mim era tentar encontrar o coração deste homem. Eu entendi que ele está lutando com seu próprio medo e insegurança por sua filhinha. E ele acaba reagindo sem controle, passa isso como raiva, se mostra bravo com ela. Ou como você falou, severo até demais. E isso foi colocado de uma forma muito bonita no roteiro. É algo que eu, Rob Marshall (diretor) e John DeLuca (roteirista) tentamos alcançar desde o início.
E sobre os figurinos, você tinha um visual bastante estruturado. Como foi se ver como o Rei Tritão?
Javier: Antes de mais nada, eu fiquei muito aliviado que, diferente da versão de animação, o meu figurino era tapado e não precisei mostrar o meu corpo, meus abdominais, que estão mais para um grande abdominal. Mas para mim o mais surreal foi quando coloquei a coroa e peguei o tridente. Na hora pensei “minha nossa, agora tenho que fazer por merecer tudo isso”. Porque é algo muito grande.