Primeira-dama: qual a origem da expressão?
Embora oficialmente as mulheres nessa posição não tenham direito ao poder, algumas influenciaram diretamento no governo de seus cônjuges.
A expressão primeira-dama, usada para nomear as esposas de líderes políticos, conquistou sua popularidade no governo do presidente americano Rutherford B. Hayes (1887-1881), graças a Lucy Webb Hayes, a primeira-dama americana mais carismática do século XIX. Até então, referir-se às esposas de presidentes por um termo específico não ocorria, sendo essa uma diferença em relação às monarquias, nas quais mulheres carregam os títulos de rainhas, duquesas, princesas, entre outros.
Mesmo hoje, a expressão não é mencionada na Constituição americana, nem na de outros países. Historiadores acreditam que a origem da expressão remeta à prima-donna das companhias de ópera italianas, isto é, a figura feminina de maior importância no universo dos espetáculos.
Lucy Webb Hayes destacou-se não apenas por ser a primeira a receber tal denominação, como também por ser a primeira esposa de um governante a cursar uma faculdade. Interessada por política, contribuiu para a conversão do marido à causa abolicionista. Usava ainda de sua simpatia para as recepções na Casa Branca, tendo sido considerada uma excelente anfitriã, mesmo sendo defensora da abstenção alcoólica e servindo limonadas no lugar de vinhos ou destilados.
Embora oficialmente as mulheres nessa posição não tenham direito ao poder, algumas influenciaram diretamento no governo de seus cônjuges. Foi o caso, por exemplo, de Elanor Roosevelt. A primeira-dama do governo Franklin Roosevelt, além de representá-lo em viagens, publicava polêmicos artigos em defesa dos afro-americanos e dos pobres, muito antes da popularização do movimento de direitos civis nos EUA. Outras ficaram conhecidas por simbolizarem o glamour e a beleza. Elegante e inteligente, Jacqueline Onassis, por exemplo, até hoje é referência na indústria da moda.
