Yana Sardenberg: “Difícil eu dizer nunca pra algo viu?”
Yana Sardenberg começou a sua carreira como atriz quando criança, e hoje, faz sucesso na série “De Volta aos 15”! Confira a sua entrevista exclusiva para a L’Officiel Brasil
Yana Sardenberg fez parte da infância e adolescência de uma geração! Presente em produções como ‘Floribella’, ‘TV Globinho’, ‘Malhação’, ‘Gênesis’ e muitas outras, a atriz cresceu diante as câmeras e hoje ocupa um papel de destaque na série da Netflix ‘De Volta aos 15’, na pele de Carol, personagem da Klara Castanho já adulta.
Segundo ela, a sua infância foi diferente. Afinal, enquanto estudava, também se esforçava para decorar blocos de texto na sala de aula. Crescendo ao lado de grandes nomes da televisão como Beth Lago e Adriana Esteves, Yana se adaptou à rotina de atriz e nunca mais abriu mão deste ofício que já lhe parece uma inclinação natural! Em entrevista exclusiva para a L’Officiel Brasil, ela abriu o jogo sobre o seu crescimento na televisão, experiências inesquecíveis, diagnóstico de endometriose, sua parceria com a Carol Castro e muito mais:
Você começou na TV ainda muito nova. Como foi esse início?
Foi uma vida de criança bem diferente. Iniciei aos 8 anos na Rede Globo no programa Angel Mix com a Angélica. Na época, a Globo ainda era no Teatro Fênix. Logo depois, integrei o programa “Gente Inocente”, interpretando mais de 150 personagens com muitas caracterizações. Entre Arlete Salles, Tônia Carreiro, Adriana Esteves, Beth Lago e muitas outras imensas atrizes. Acho que ali, mesmo com 10 anos de idade, tive uma grande oportunidade de poder conhecer melhor o universo da atuação. Costumo dizer que, no início, era uma grande brincadeira entre nós crianças, mas, ao mesmo tempo, uma grande responsabilidade. Eu trabalhava bastante.
Tive que me adaptar a uma escola que fosse flexível aos meus horários para conseguir fazer as provas. Lembro dos momentos em que levava blocos de textos pra ler nas aulas de biologia. Hoje, como atriz e também educadora, tenho consciência da imensa importância da escola na vida das crianças e adolescentes.
Floribella e TV Globinho tem cheiro de nostalgia! Conta pra gente sobre essa fase tão gostosa de sua carreira:
Eu amo relembrar essas fases. As duas foram muito importantes pra mim. Não só na carreira, mas na minha construção como ser humano. Começando pela Tv globinho que era uma delícia de fazer! Eu, inclusive, comecei a cursar a faculdade de jornalismo nesse momento. Foi o primeiro programa, com direção do Boninho, que teve um cenário giratório com todos os desenhos da época. Foi ali que descobri que era míope quando tive que decorar 20 programas num dia só (risos). Foram muitas experiências.
Em Floribella, eram só 14 personagens e a novela bombou. E, na época, não tinha nem iPhone, nem rede social. Foi tão gigante que fizemos shows com a banda da Floribella por vários lugares. A Moniquinha era uma personagem cômica e muito divertida. As pessoas no meu colégio queriam saber o que ia acontecer no capítulo seguinte. O mais engraçado é que hoje, em “De volta aos 15”, meio que estou revivendo esses momentos da adolescência.
Hoje, você interpreta a personagem de Klara Castanho já adulta em “De volta aos 15”. O que podemos esperar da terceira temporada da série?
Eu não posso contar muito porque ainda estamos em processo de leitura e preparação. Só posso dizer que vem muita história boa por aí. A terceira temporada promete.
Em breve você estará nos cinemas com o filme “Stand Up”, ao lado de Carol Castro. Como foi gravar ao lado de uma atriz como ela?
A Carol é super generosa. Ainda não tinha trabalhado com ela, mas foi super divertido desde as leituras até a filmagem. É o meu primeiro trabalho no cinema. Estou ansiosa!!!
Qual foi a personagem mais difícil de interpretar? Rolou algum desafio?
Todas as personagens são, por si só, um desafio. Você se coloca a serviço daquele corpo que você cria, de uma voz, de uma outra respiração, de uma nova forma de pensar e agir. Acredito que a “Herit”, na novela Genesis, foi onde consegui explorar muitas camadas ainda não visitadas em mim. Ela era uma mulher que queria muito engravidar e, quando consegue, perde o bebê. Foi uma cena super complexa de fazer. Eu, Yana, fiquei duas semanas em estado de choque e, quando a cena foi ao ar, recebi milhões de mensagens e e-mails de mães que perderam seus filhos. Meu pai é ginecologista e nós trocamos bastante antes de realizar a cena. Foi bem forte.
Uma personagem que adoraria fazer:
Pode parecer clichê, mas eu ainda não fiz nenhuma vilã. Uma Arlequina da vida sabe? Ou uma Odete Roitman, uma Carminha. Mas também tenho muita vontade de me caracterizar completamente para um novo papel. Ficar irreconhecível. Gosto de desafios.
Uma dica de amiga para aquelas mulheres, que assim como você, foram diagnosticadas com endometriose:
Sentir dor nunca é normal meninas. Seja de cólica, seja na relação sexual. Eu desmaiei de dor e, quando cheguei no hospital, descobri a endometriose. Isso porque já sofria de cólicas na menstruação. Hoje temos o DIU e a pílula, que ajudam e muito no processo da doença. Procure sempre sua médica pra entender a melhor forma de se cuidar e se proteger.
Seu principal hobbie:
Dançar! Eu sou muito agitada. Tô sempre me movimentando e já fiz ballet profissional por 15 anos. Já não danço como antigamente, mas a dança, pra mim, sempre foi uma válvula de escape.
Um produto de beleza que não pode sair de sua necéssaire:
Protetor labial com cor.
Uma tendência de moda que nunca usaria:
Difícil eu dizer nunca pra algo viu? (Risos) Mas eu não suporto sapatilha. Ah! E também não consigo usar unha grande.
