SO/Paris: novo hotel em Paris alia arte, cultura, moda e beleza
Recém-inaugurado, o hotel SO/Paris alia atmosfera contemporânea, arte, moda e uma vista impressionante de Paris
Ancorado no Rio Sena e idealizado como uma galeria, o SO/Paris é uma mistura de atmosfera contemporânea e luminosa, atitude jovial e diálogo com as artes e a moda. Com 16 andares e localizado no 4º arrondissement, o hotel cinco estrelas ocupa um prédio em formato de H dos anos 1960 que já abrigou vários órgãos de administração e planejamento urbano de Paris. A reforma do edifício foi realizada pelo arquiteto britânico David Chipperfield e agora se chama La Félicité, um complexo que abriga, entre outras coisas, o SO/ Paris, inaugurado há apenas um ano.
O diálogo com a capital francesa é contínuo. Estende-se à vista de tirar o fôlego e à ambientação das áreas comuns e das suítes. Começando pelo lobby, cujas colunas em formato de tulipas indicam a extensão da inundação de 1910 que deixou a cidade submersa, mas nunca afundada. “Delicadamente e nos mínimos detalhes, a história parisiense penetra no espaço, revestindo o piso de mármore com o tradicional pavimento em cauda de pavão. Um veio marmorizado percorre os móveis. As paredes de espelhos âmbar revisitam a geometria das fachadas haussmanianas com elegância moderna e são revestidas com topografia lunar”, explica o arquiteto Denis Montel da agência RDAI, responsável pela decoração do hotel.
Outro destaque da entrada é a obra do artista Neil Beloufa, Le phare de Paris, simbolizando fragmentos da vida cotidiana. Ela não está sozinha; por todos os pisos estão espalhadas 122 obras de arte de coleções emblemáticas de Thomas Fougeirol, Elsa Sahal e Alice Guittard. A mais imponente de todas, entretanto, é The seeing city de Olafur Eliasson e Sebastian Behmann. O trabalho imersivo é implantado no restaurante e no clube Bonnie, nos dois últimos andares. Projetado para capturar a beleza do efêmero, é um caleidoscópio de espelhos onde o Sena, a Ile de la Cité e a Ile de Saint-Louis, os telhados e o céu de Paris são refletidos em 360°. É da fachada envidraçada e das varandas do Bonnie que se tem uma vista impressionante de Paris com a torre Eiffel.
Esse extenso horizonte parisiense é compartilhado pelos 162 quartos e suítes, principalmente nos andares mais altos, o que faz, ainda, com que esses espaços sejam deliciosamente iluminados – deixando a decoração com painéis de madeira vazados, poltronas de couro e modelo Fritz Hansen, além de tons terrosos, ainda mais agradável. A sensação de acolhimento é reforçada pelo conforto da cama. Há, também, luminárias com círculos concêntricos e almofadas com estampa emprestada do universo da artista Sonia Delaunay.
O diálogo COM A CAPITAL FRANCESA É CONTÍNUO. ESTENDE-SE à vista DE TIRAR O FÔLEGO E
à ambientação DAS ÁREAS COMUNS E DAS SUÍTES.
A preocupação com o bem-estar e com a linguagem visual do hotel pode ser vista nos uniformes do staff criados por Guillaume Henry, diretor artístico da Maison Patou, em colaboração com o estúdio Marcy Paris. “Os trajes irradiam frescor e encapsulam um espírito marinho com emblemáticos suéteres listrados, casacos, jaquetas, ponchos, detalhes de botões, até o pompom da boina de marinheiro, usada por bagageiros e recepcionistas”, explica Henry, que buscou privilegiar a função e não a posição hierárquica nas roupas.
E para cuidar do corpo, o hotel tem piscina de 20 metros de comprimento, o clube esportivo e fitness Ô Zenhit com sala de musculação, sauna e estúdios de ioga, HIIT e ciclismo indoor – é possível agendar horário com um personal. O spa é comandado pela Codage Paris, uma casa francesa de cosméticos criada em 2010 por Julien e Amandine Azencott, uma dupla de irmãos que cresceu em uma família de médicos, farmacêuticos e dermatologistas. Há tratamentos direcionados para o rosto (peeling avançado, proaging expert, boost de luminosidade), o corpo (drenagem, relaxante, esfoliante), tratamentos complementares (esfoliação corporal, massagem) e um hamam turco.
O hotel faz parte da coleção SO, que atua desde 2011 focando em design vanguardista e abordagem criativa do luxo. Além de Guillaume Henry, o grupo já fez colaborações com Christian Lacroix e Viktor Horsting e Rolf Snoeren da marca Viktor&Rolf para criar espaços, uniformes, comodidades e experiências.
