Cresce o n&uacute;mero de pessoas que deixam de lado o celular ou o notebook para desfrutar de experi&ecirc;ncias agrad&aacute;veis sem telas, que estimulam a audi&ccedil;&atilde;o, a vis&atilde;o e o tato

Pode parecer uma tarefa dif&iacute;cil, mas o n&uacute;mero de pessoas que deixam de lado o <a href="https://www.revistalofficiel.com.br/hommes/seguranca-digital-celulares-devem-reiniciados-semanalmente">celular</a> ou o notebook para desfrutar de experi&ecirc;ncias agrad&aacute;veis sem telas, que estimulam a audi&ccedil;&atilde;o, a vis&atilde;o e o tato, est&aacute; aumentando.
Apreciar arte pode <a href="https://www.revistalofficiel.com.br/wellness/alimentos-que-sao-bons-para-o-nosso-humor">melhorar o humor</a> e reduzir o estresse, contribuindo para o <a href="https://www.revistalofficiel.com.br/wellness/ruidos-persistentes-no-ouvido-podem-afetar-ou-serem-afetados-pela-saude-mental">bem-estar psicol&oacute;gico</a>, segundo artigo cient&iacute;fico publicado na Frontiers in Psychology*. Morando ao lado do Allianz Parque, viro, semanalmente, testemunha disso. As pessoas entram no complexo com express&otilde;es neutras ou at&eacute; pesadas e saem com um sorriso largo.

Ao vivo

Durante a recente passagem de Paul McCartney pelo Brasil, mais uma vez, estive no est&aacute;dio da zona Oeste paulistana para ter uma experi&ecirc;ncia singular nesse campo do bem estar que a arte proporciona: ouvir um integrante da mais disruptiva banda da hist&oacute;ria, os Beatles, cantando uma faixa in&eacute;dita.&ldquo;Now and Then&rdquo;, segundo o m&uacute;sico, &eacute;, de fato, a &uacute;ltima &ldquo;grava&ccedil;&atilde;o&rdquo; dos quatro juntos, um grand finale emocionante. Ela surgiu em etapas. John Lennon gravou a balada em uma fita demo, por volta de 1977. Quando George, Paul e Ringo se uniram para Anthology, a can&ccedil;&atilde;o foi considerada, por&eacute;m, descartada. Agora, com a ajuda da intelig&ecirc;ncia artificial, Paul McCartney colocou a faixa no seu set da turn&ecirc; Got Back.
Ao terminar o duo mais emotivo da noite, com Black Bird e Here Today, as palmas deram lugar a um sil&ecirc;ncio que antecede um momento especial. Olhos marejados, por&eacute;m, vidrados; casais dan&ccedil;ando abra&ccedil;ados, trocando beijos, e amigos entoando a can&ccedil;&atilde;o, empolgados.&nbsp;
Essas cenas resumem o que os estudos de comportamento indicam: a import&acirc;ncia da vida offline est&aacute; crescendo como nunca. E quando a arte est&aacute; presente, melhor ainda.

Sororidade

N&atilde;o t&atilde;o distante dali, no Teatro das Artes, localizado no Shopping Eldorado, uma pe&ccedil;a protagonizada pela atriz Isabelle Drummond, com apoio da ONU Mulheres, tamb&eacute;m mostrou o poder do &ldquo;ao vivo&rdquo;; agora com a arte como forma de conscientiza&ccedil;&atilde;o. O espet&aacute;culo &ldquo;Tina &mdash; Respeito&rdquo; tratou, at&eacute; o in&iacute;cio de novembro, de quest&otilde;es de g&ecirc;nero, como ass&eacute;dio, usando uma protagonista que fez parte da vida de muitos brasileiros, a Tina, de Mauricio de Sousa. Tendo um livro cujo nome &eacute; &ldquo;Sororidade&rdquo; (Editora Europa), n&atilde;o pude deixar de conversar com o produtor da a&ccedil;&atilde;o, Mauro Sousa. A narrativa celebrou a exist&ecirc;ncia de uma rede de apoio que todas as mulheres podem acionar, para que cada uma delas n&atilde;o enfrente sozinha uma eventual situa&ccedil;&atilde;o de viol&ecirc;ncia.

L&rsquo;Officiel Brasil: Quando surgiu a ideia de trazer a Tina para o teatro?&nbsp;
Mauro Sousa: Estava no escrit&oacute;rio e o diretor das graphic novels da Mauricio de Sousa chegou com a da Tina e falou que eu precisava ler, pois eu gostaria. Comecei a folhear e n&atilde;o parei at&eacute; terminar.
L'O: O que te atraiu na hist&oacute;ria?&nbsp;
MS: O enredo. Eu encarava a Tina dos anos 1990 como uma molecona que n&atilde;o se preocupava muito. Quando a vi envolvida em outros assuntos, mais s&eacute;rios, percebi que isso criava uma reflex&atilde;o sobre a mulher e a sociedade onde ela est&aacute; inserida. Sou um grande defensor dos direitos das mulheres e das minorias, at&eacute; porque fa&ccedil;o parte de uma. Vi naquela graphic novel, uma Tina diferente. Gostei. Foi bom unir duas paix&otilde;es: meu trabalho na Mauricio de Sousa com meu amor pelo teatro.&nbsp;
L&rsquo;O: Como foi a participa&ccedil;&atilde;o da ONU Mulheres nesse projeto?&nbsp;
MS: Eles est&atilde;o conosco h&aacute; algum tempo, em outros projetos, como o Donas da Rua. Agora, com a pe&ccedil;a, tamb&eacute;m trabalhamos com o tema, por meio de cartilhas, pois a Tina pesquisa sobre os t&oacute;picos de viol&ecirc;ncia de g&ecirc;nero.
L&rsquo;O: Existe o plano de expandir o espet&aacute;culo ou fazer uma turn&ecirc;?&nbsp;
MS: Trabalhamos para isso, risos. Nossa inten&ccedil;&atilde;o &eacute; difundir essa hist&oacute;ria. Fiquei muito emocionado com as primeiras rea&ccedil;&otilde;es. O p&uacute;blico falou comigo sobre identifica&ccedil;&atilde;o, com relatos. Ent&atilde;o, sim, a inten&ccedil;&atilde;o &eacute; seguir falando a respeito. Expandir para que todos possam acompanhar, entender e refletir sobre os assuntos importantes tratados na pe&ccedil;a.

Dica 1: Maratona

Seguindo pelas hist&oacute;rias do grupo de amigos mais famoso dos quadrinhos brasileiros, que tal ficar longe das redes sociais um pouco para assistir, em fam&iacute;lia, Turma da M&ocirc;nica &mdash; Origens. Lan&ccedil;ado neste ano, com um elenco de grandes nomes da televis&atilde;o brasileira e autoria de Daniel Rezende e Marina Maria Iorio, a obra narra quando os protagonistas se conhecem e como superam uma competi&ccedil;&atilde;o e quest&otilde;es pessoais para dar origem &agrave; Turma da M&ocirc;nica. Dispon&iacute;vel no Globoplay. Para o in&iacute;cio de 2025, hora de ir ao cinema. &ldquo;Chico Bento e a Goiabeira Maraviosa&rdquo; ter&aacute; sua primeira grande exibi&ccedil;&atilde;o na CCXP e chegar&aacute; &agrave;s telonas em 9 de janeiro. J&aacute; anota na agenda!

Bem estar cultura - Foto: Jornaldamoda.

Dica 2: Clarice&nbsp;

Fechando nossa ronda que une cultura e bem-estar, indico o livro &ldquo;Clarice Lispector entrevista&rdquo;. A famosa autora exerceu a fun&ccedil;&atilde;o de jornalista, apesar de muitos n&atilde;o saberem desse lado. Nomes como Elis Regina, Bibi Ferreira e Nelson Rodrigues preenchem as mais de 400 p&aacute;ginas deste lan&ccedil;amento da Rocco. &Oacute;timo presente para as festas de final de ano, inclusive.

Fotos: Jornaldamoda Conte&uacute;do/ Paula Roschel, divulga&ccedil;&atilde;o e Pexels. 
Refer&ecirc;ncia: Mastandrea, S., Fagioli, S., &amp; Biasi, V. (2019). 
Art and Psychological WellBeing: Linking the Brain to the Aesthetic EFrontiers in Psychology, 10, 1-15.ogy, 10

Arte como terapia: melhore o humor no offline

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