Calor extremo! Dicas e soluções para evitar o temido suor excessivo
O calor extremo desafia o poder dos antitranspirantes. Mas o que fazer para controlar o problema?
Não é novidade que o calor extremo vem sendo o protagonista do dia a dia dos brasileiros, onde as altas temperaturas do verão desafiam a própria natureza.
No último ano, testemunhamos um recorde: os 365 dias mais quentes já registrados, segundo informações do relatório da agência europeia do clima, o Serviço de Mudanças Climáticas Copernicus (C3S).
Neste cenário, até mesmo o poder dos antitranspirantes é posto à prova. Assim, o grande desafio é: controlar o suor excessivo.
Composto majoritariamente de água e sais minerais, o suor é um líquido incolor e inodoro produzido pelas glândulas sudoríparas para regular a temperatura corporal. Por isso, a transpiração tende a ser maior em dias quentes e durante a prática de atividade física. No entanto, algumas pessoas podem sofrer com transpiração excessiva, explica o Dr. Danilo S. Talarico, médico pós-graduado em Dermatologia Clínico-Cirúrgica e professor nos cursos de Dermatologia, Tricologia, Transplante Capilar (Cirurgia Capilar) e Medicina Estética.
Segundo a Dra. Cláudia Merlo, médica especialista em Cosmetologia pelo Instituto BWS, a transpiração excessiva (desproporcional ao que é necessário para regular a temperatura corporal), é conhecida como hiperidrose. Efetivamente, isso é resultado da estimulação excessiva das glândulas sudoríparas.
Além de desconforto, o suor em excesso por trazer algumas consequências:
- Odor:
Embora muitas pessoas confundam transpiração com mau cheiro, o popular CC é uma consequência de microrganismos após a transpiração, bactérias que fazem com que o suor se decomponha, presentes em regiões como axilas e virilha.
- Alergias:
Outro problema comum causado pelas altas temperaturas e suor são as brotoejas, pequenas erupções avermelhadas que surgem na pele, principalmente em bebês e crianças.
“As brotoejas, também chamadas de miliárias, são resultado do bloqueio das glândulas sudoríparas, que leva ao acúmulo de suor na pele. E, apesar de serem benignas, podem causar grande coceira e desconforto”, diz o Dr. Danilo.
Mas o médico afirma que elas não devem ser confundidas com outra condição comum causada pelo suor: a urticária colinérgica, conhecida como alergia ao suor. “Apesar de não ser considerado um alérgeno, o suor pode provocar reações cutâneas em pessoas com pele mais sensível ou que sofrem com doenças como dermatite atópica e psoríase”, explica o médico.
- Ressecamento capilar:
O cabelo também sofre com o suor, pois este é rico em sais que, em contato com os fios, favorecem o ressecamento.
Se você sabe que vai transpirar, como na hora de praticar uma atividade física, é interessante aplicar previamente um leave-in ou óleo no comprimento dos fios, pois esses produtos formarão uma película de proteção nos cabelos que ajudará a manter a hidratação. Uma ótima opção é o Day Use, da B.URB, que, além de possuir todas as funções de leave-in, incluindo proteção térmica e solar e ação antifrizz, ainda age como tratamento, reparando e reconstruindo as partes danificadas e fragilizadas dos fios para restaurar sua força e resistência, o que resulta em um cabelo com mais brilho, maciez, sedosidade e com aspecto mais saudável, com menos volume e pontas duplas.
Desodorantes X suor excessivo:
“Desodorantes são produtos fabricados com o objetivo de diminuir a transpiração, podendo conter substâncias que diminuem a transpiração, que diminuem o tamanho das saídas das glândulas sudoríparas ou então, no caso dos antitranspirantes, que tampam essas saídas, impedindo que o suor transborde para a superfície da pele. Dessa forma, impedem a sensação de umidade e o mau odor”, explica a dermatologista Dra. Mônica Aribi, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia e da Sociedade Brasileira de Cirurgia Dermatológica.
Mas é importante tomar cuidado com o uso excessivo e com a formulação desses produtos. “Os antitranspirantes podem causar um bloqueio das glândulas sudoríparas que, se for duradouro, pode levar ao surgimento de doenças como foliculite, miliária (brotoeja) e até hidradenite. Já no caso dos desodorantes, existem trabalhos científicos que mostram uma associação entre o Cloridrato de Alumínio, presente na composição de muitos desses produtos, e câncer em diversas regiões, mas ainda não há comprovação. Por sua vez, desodorantes medicamentosos, indicados para pacientes com sudorese excessiva, têm a possibilidade de causar dermatites de contato”, diz a dermatologista.
Por isso, é importante optar por um produto capaz de cumprir seu papel na diminuição dos transtornos causados pelo suor sem causar esses efeitos colaterais. Por exemplo, uma boa opção, mais natural e sustentável, é o desodorante mineral Verdan, da EHM, que tem propriedades adstringentes, antissépticas e bactericidas para neutralizar odores com grande eficácia, oferecendo proteção desodorizante por 24 horas sem deixar vestígios ou manchar a pele e a roupa. Livre de fragrâncias, alumínio, parabenos ou corantes sintéticos, o produto é produzido com pedras naturais de alume, que é capaz de neutralizar as bactérias causadoras de mau odor e regularizar a transpiração enquanto permite que a pele respire normalmente.
Como controlar o problema de maneira eficaz?
- Botox:
A estratégia é uma das mais indicadas pelos médicos. Ela é uma importante forma de controle principalmente quando os desodorantes antitranspirantes não conseguem minimizar o suor excessivo.
Dra. Cláudia Merlo, médica especialista em Cosmetologia pelo Instituto BWS, indica a toxina botulínica, assim como o Dr. Danilo Talarico. “Do ponto de vista fisiológico, a produção de suor requer acetilcolina (um neurotransmissor) para ativar as glândulas sudoríparas écrinas. A toxina botulínica inibe temporariamente a liberação de acetilcolina, impedindo a hiper estimulação dessas glândulas sudoríparas. Portanto, ao bloquear ou interromper essa via química, a toxina botulínica minimiza (ou potencialmente interrompe) a transpiração na área onde foi injetada”, argumenta ela. “Os sintomas tendem a melhorar gradualmente (geralmente em cerca de uma a duas semanas) e retornam gradualmente ao longo do tempo. Injeções de acompanhamento serão necessárias para manter a ‘secura’. As pessoas são diferentes em termos dos efeitos da toxina botulínica na atividade das glândulas sudoríparas. Injeções repetidas podem ser necessárias em intervalos que variam de 6 a 12 meses – novamente, isso depende do local, gravidade da hiperidrose e dose injetada”, finaliza.
- Diminuir o consumo de alimentos como pimenta e café:
Segundo o Dr. Danilo Talarico, eles estimulam o sistema nervoso central e ativam as glândulas sudoríparas. O consumo de álcool também deve ser evitado, pois causa uma vasodilatação com aumento da temperatura corporal. Perder peso também pode ajudar a reduzir a transpiração.
- Radiofrequência microagulhada Eletroderme XL (RF multilayer):
“Essa tecnologia conta com microagulhas que penetram em múltiplas camadas na pele, liberando energia de radiofrequência que age sobre as glândulas sudoríparas para reduzir sua quantidade e a produção de suor na região. Uma sessão já apresenta excelentes resultados, mas é possível repetir se necessário. Além disso, o procedimento é muito mais confortável em comparação a tecnologias antigas no mercado, pois tem agulhas facetadas que garantem infinitamente menos dor”, destaca o Dr. Danilo.