Ciúme ativa no cérebro a mesma área da dor física. Você sabia?
Se você acha que a real dor de amor e ciúme não existe, a ciência pode provar o contrário. Confira!
Quem nunca sentiu aquela pontadinha de ciúme na vida que atire a primeira pedra. O sentimento, que é natural característico dos seres humanos e já foi inspiração até para composições musicais de Caetano Veloso assim como a paixão, o amor e o ódio, ele não é sentido só pelo coração. Acredite, também mexe com o cérebro, principalmente quando manifestado de forma excessiva.
Existem vários níveis de ciúme, o positivo, aquele que muitos chamam de 'ciuminho saudável’ e o negativo, quando há egoísmo ou controle excessivo. Quem nos explicou mais sobre o assunto foi o médico neurocirurgião e neurocientista da USP, Dr. Fernando Gomes.
"Diversos estudos já revelaram que a amígdala e o hipotálamo, áreas do cérebro ligados à agressividade e aos impulsos sexuais, são ativadas durante uma crise de ciúmes. Nas mulheres, a estrutura que fala mais alto é o sulco temporal superior posterior, que ajuda na interpretação da intenção dos outros", explica o médico.
Através de estudos e ressonância magnética, a neurociência já mostrou que o ciúme faz funcionar com um pouco mais de intensidade o córtex anterior cintilado - a mesma área do cérebro que é ativada quando sentimos dores físicas - e isto talvez explique, a conhecida e tão sofrida ‘dor de amor’.