Falta de motivação: Como melhorá-la no início deste ano
Entenda como trabalhar a mudança de ânimo e falta de motivação
Novo ano, vida nova. O início de mais um ano pode parecer a oportunidade ideal para colocar em prática seus planos, sejam eles uma vida mais saudável e ativa, um grande projeto ou até mesmo pequenas mudanças de hábitos. Porém, para muitos, a falta de motivação pode se tornar um grande empecilho para conseguir alcançar essas metas, ou até mesmo dar um pontapé inicial nessa trajetória.
A sensação de vazio, tristeza e o sentimento de estagnação e rotinas cada vez mais estressantes são alguns dos sintomas recorrentes para muitas pessoas. Antes mesmo da pandemia, já eram quase 19 milhões de brasileiros convivendo com ansiedade e depressão, segundo a OMS (Organização Mundial de Saúde), e parece que o quadro se agravou. Então, a grande pergunta é: Como identificar que eu sofro desse desânimo generalizado?
“Se mesmo após uma noite de sono você acordar cansado e ficar enrolando para levantar da cama; se as coisas que antes te davam prazer, perderam a graça; se acha melhor evitar encontrar pessoas, pois não conseguirá manter uma conversa e não terá o que falar; se qualquer tarefa mental ou algum compromisso que tenha já desencadeia um grande medo e acha que não vai conseguir; se está pensando que algo vai dar errado e se sempre acha que não deu o suficiente quando as pessoas falam que o que fez foi o certo, é preciso ficar atenta” explica a psiquiatra Maria Francisca Mauro, Mestre em Psiquiatria pelo PROPSAM/IPUB/UFRJ.
Mesmo com muito esforço, é normal que essas pessoas não consigam entregar as atividades diárias. “Caso isso ocorra uma vez ao mês, ou de forma apenas ocasional, você precisa tentar identificar se tem algo que desencadeia essas dificuldades. Se suas respostas forem positivas e também todo este desconforto emocional estiver constante, é preciso procurar ajuda”, comenta a especialista.
Aqui, confira dicas da profissional para uma mudança de ânimo e melhoria na falta de motivação:
Etapa de reflexão
Tente sozinho refletir se consegue resolver aquele problema que está o atormentando. Neste momento é hora de criar uma racionalização do que está acontecendo para que possa tentar ver se o mesmo é real ou mais uma tortura mental que não faz muito sentido na realidade.
Etapa de autocuidado
Busque recursos de suporte emocional que podem melhorar o seu ânimo, como caminhar, entrar em contato com a natureza, conversar com algum amigo ou familiar, cozinhar, ouvir alguma música que tenha uma conexão emocional, meditar, descansar ou fazer uma atividade física. “Tente pausar as atividades mais estressantes e respirar fora dessa pressão externa para que possa encontrar um equilíbrio e tentar colocar em perspectiva o que está te fazendo sofrer”, sinaliza a especialista.
Etapa de compreensão
Por mais difícil que a situação que esteja atravessando seja, busque entender que esses impasses, muitas vezes, precisam ser pausados para que você consiga passar com maior serenidade. Tente compreender que mesmo que a dor emocional seja terrível e desesperadora, ela precisa ser amparada e encaminhada para que você consiga suportá-la e resolvê-la da melhor forma.
Etapa de comunicação
Busque a ajuda de amigos, familiares, professores, colegas ou alguém que possa compartilhar sua dificuldade para receber apoio. Caso não tenha esta pessoa, há profissionais habilitados da saúde mental aptos a oferecer este amparo. É importante destacar que a etapa um, muitas vezes não anula a etapa dois, ou seja, em certos casos se faz essencial um profissional da saúde para auxiliar o seu caso.