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Reprodução assistida: as principais técnicas e suas diferenças

Criopreservação, fertilização in vitro e injeção intracitoplasmática de esperma. Afinal, o que é cada método e quais deles podem ajudar mulheres e casais a finalmente terem um bebê?
Gravidez
Gravidez

Para muitas mulheres e casais, realizar o sonho de ter um filho pode ser um verdadeiro desafio. Seja por condições de saúde, genética ou até mesmo hábitos comuns, que podem afetar a fertilidade. Por outro lado, a ciência está se desenvolvendo cada vez mais no setor de reprodução assistida, oferecendo diversas opções seguras e com grandes taxas de eficácia. 

 Mas quando procurar um especialista em reprodução assistida? Segundo o Dr. Rodrigo da Rosa Filho, ginecologista obstetra especialista em Reprodução Humana, membro da Sociedade Brasileira de Reprodução Assistida (SBRA) e da Sociedade Brasileira de Reprodução Humana (SBRH), o casal é considerado infértil após um ano de relações sexuais sem nenhum uso de métodos contraceptivos. "Para mulheres acima de 35 anos, o recomendado é começar a investigar já a partir de seis meses de tentativas sem sucesso", completa o médico. 

 Entenda as principais técnicas e suas diferenças a seguir: 

Reprodução assistida-técnicas
(Foto: Pexels)

Coito programado

Também conhecido como namoro programado, esse método se baseia no uso de medicamentos para estimular e prever o período de ovulação da mulher, para que o casal possa ter relações durante essa fase. De acordo com o Dr. Rodrigo, esse processo possibilita a realização de um estímulo ovariano leve, geralmente utilizando indutores da ovulação na forma de comprimidos orais. 

“Esse estímulo promove um crescimento de um número maior de folículos dentro do mesmo ciclo menstrual, aumentando o número de óvulos disponíveis para fecundação e aumentando as chances de gravidez”.

Criopreservação

Para os casais que desejarem ou precisarem, podem congelar não apenas os óvulos, mas também tecido ovariano, espermatozoides e embriões. E motivos não faltam para isso, pode ser pela simples vontade de aguardar mais para viver a maternidade ou até mesmo circunstâncias como tratamento de câncer.

“Na temperatura entre -80ºC e -196ºC, esses organismos mantêm seu metabolismo completamente inativado, mas preservando um desenvolvimento potencial e viabilidade”, revela o doutor.

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(Foto: Unsplash)

Fertilização In Vitro (FIV) 

O tratamento, que consiste na fecundação em laboratório do material genético do homem e da mulher é dividida em quatro partes: estimulação ovariana; captação dos óvulos e espermatozóides; fecundação assistida; e transferência dos embriões (no qual eles são transferidos para o útero, onde acontecerá a gestação).

“A taxa de sucesso da Fertilização in Vitro irá depender em grande parte do fator de infertilidade apresentado pelo casal e da idade da mulher. Quanto mais nova, mais chances de obter sucesso no procedimento, sendo que mulheres até 30 anos têm até 70% de chances de engravidar em uma única tentativa de FIV”, diz o médico.

Inseminação Artificial 

Também chamada de Inseminação Intrauterina, a técnica de reprodução assistida consiste no depósito do sêmen diretamente na cavidade uterina da mulher durante o período fértil, aumentando assim as chances de gravidez, especialmente em casos de infertilidade. 

“Esse é um procedimento de baixa complexidade, com taxa de sucesso entre 20 a 30%, em que as variantes apresentadas pelo casal determinam a possibilidade de a gestação ocorrer”, diz o médico.

O processo passa por diversas etapas desde o início do ciclo menstrual, com aplicações de hormônio e exames de ultrassom.

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(Foto: Unsplash)

Injeção intracitoplasmática de esperma (ICSI)

Um método inovador! De acordo com o Dr. ele permite que homens com problemas graves de infertilidade possam ser pais e é indicada para casos como: fator masculino grave, falhas de implantação de embriões, abortos de repetição e alta taxa de fragmentação de DNA do espermatozoide.

“Relativamente recente, a técnica permite que o espermatozóide saudável escolhido microscopicamente seja inserido diretamente dentro do óvulo com o auxílio de uma agulha de máxima precisão. Na FIV tradicional esses homens dificilmente obteriam sucesso”.

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(Foto: Pexels)

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