Vício em redes sociais e suas consequências psicológicas
As redes sociais são, sem dúvidas, uma ferramenta incrível. Você pode seguir pessoas do mundo inteiro, se reconectar com aquela amiga que você não via há tempos, se informar e até matar a curiosidade sobre aquela celebridade que você tanto admira. Mas, o consumo exagerado de tanto conteúdo e, inclusive, de tantas “vidas perfeitas e instagramáveis” está trazendo uma série de consequências psicológicas. Entenda quais são elas e o motivo por trás de cada uma.
Propensão a depressão e ansiedade
Nos Estados Unidos 6.600 adolescentes participaram do estudo JAMA Psychiatry, que identificou que os jovens que passam mais de três horas nas redes tem maior propensão a ter depressão e ansiedade.
Perda de concentração
Tanta informação chegando de forma tão fácil tem prejudicado também o nosso foco, de forma preocupante. Segundo um estudo feito pela Microsoft, nos últimos 20 anos nossa capacidade de se concentrar caiu para 8 segundos e, se essa informação ainda não te alertou para o tamanho do problema, vale ressaltar que a de um peixe dourado dura 9 segundos.
"O simples fato de ter um smartphone por perto provou ser uma barreira à concentração, mesmo se você não o estiver usando" conta Erin Vogel , psicóloga social de São Francisco para a Vogue França.
Estamos cada vez mais praticando a auto objetificação
Você já deve ter se perguntado se uma foto estava boa o suficiente para ser postada no Instagram, ou se aquele prato de comida seria chique para entrar no seu story ou até se aquela sua opinião valeria a pena ser postada no Twitter. Ao estar exposta a tantas vidas perfeitas, você passa a se julgar e a se ver como os outros veriam, e este ato é chamado de “auto objetificação”. O Instagram transformou muitos de seus usuários em mini marcas.
Os sonhos se transformaram em coisas Instagramáveis
Cada vez mais desejamos o emprego, as roupas e até a vida mais instagramável possível. A AWIN, uma rede global de afiliados, perguntou aos jovens britânicos de 11 a 16 anos “O que você deseja se tornar mais tarde?” A segunda resposta mais falada foi “social influencer”, enquanto a terceira foi “youtuber”.
Pelo lado bom: Descobrimos o nosso poder como coletivo
“A união faz a força” pode ser o verdadeiro lema das redes sociais. Afinal, a internet se tornou o melhor lugar para “fazer barulho” e melhorar o mundo. Seja para conscientizar o mundo sobre a auto aceitação, direitos sociais, deveres e diversas outras questões. O movimento #MeToo, por exemplo, ganhou espaço nas redes sociais e permitiu que mulheres encontrassem outras pessoas que já haviam passado por situações semelhantes e criasse uma verdadeira comunidade de ajuda e aceitação.