PFW: Dior monta um teatro de arena para mostrar seu inverno 25
Dividida em seis atos, a marca apresentou sua coleção de outono-inverno 25/26 na PFW!
Primeiro grande desfile desta temporada outono-inverno 2025/26 em Paris, Dior montou um teatro de arena para mostrar uma coleção dividida em seis atos marcados por mudanças de cenário e trilha sonora. Uma modelo solitária em um balanço deu a deixa para o show: uma imagem etérea, bela e solitária ao mesmo tempo.
Nos quatro blocos seguintes, a diretora criativa Maria Grazia Chiuri misturou referências masculinas e femininas pinçadas de séculos passados, com babados removíveis, rufos – eles surgiram no final do Renascimento e permaneceram em alta até o Barroco e, na coleção, remete ao romance semi-biográfico Orlando, de Virginia Woolf, que desafia conceitos de gênero –, botas de montaria usadas como no século 19, capas, ombros arredondados modelando a silhueta, casacos masculinos combinados com bustiês, casaquetos, peplums franzidos e minivestidos moldados como crinolina.
Lembrando que para criar a silhueta New Look, Monsieur Dior também olhou para esse passado, Maria Grazia sobrepõe DNA de marca e referências históricas em vários looks. Ela acrescenta o resgate de elementos da fase de Gianfranco Ferré à frente da direção criativa da Maison, entre 1989 e 1996, e homenageia John Galliano relançando a camiseta J’Adore Dior. Outra referência são o recorte e o bordado aplicados. A estilista acrescenta camuflagens sutis a peças utilitárias, como capas de chuva.
A dramaturgia visual de Robert Wilson, que coreografava os movimentos de modelos como em um teatro modernista, simbolizava um mundo em mutação, com direto a explosões como de vulcões, pássaro pré-historico sobrevoando a passarela e montanhas de gelo emergindo do centro da passarela quadrada, lembrando as muitas fazes vividas pelo planeta.