Armie Hammer revela ter sofrido abuso de pastor aos 13 anos

Armie Hammer afirmou ter sido abusado sexualmente por um pastor aos 13 anos, o que levou a desenvolver uma conduta sexual tóxica.

A declaração ocorre dois anos após o ator ser acusado de estupro e de ter um comportamento sexual impróprio que envolve prática de canibalismo. Esta é a primeira vez que Hammer se manifesta publicamente desde que virou notícia após várias mulheres o acusarem de violência sexual. Além de negar as acusações, ele revela que pensou em se suicidar devido às acusações, que prejudicaram sua carreira artística. As declarações foram dadas ao Air Mail. 

Hammer alega que a violência sexual sofrida na adolescência "introduziu a sexualidade" em sua vida de forma "assustadora", o que determinou sua necessidade de "controle" no sexo. “Eu estava impotente naquela situação. Eu não tinha gerência na situação. A sexualidade foi apresentada a mim de uma forma assustadora sobre a qual eu não tinha controle. Meus interesses foram: quero ter controle da situação, sexualmente falando", declarou.

Hammer admite ter se comportado de modo tóxico e “abusivo emocionalmente” com as mulheres que o denunciaram, porém nega os crimes que lhe são atribuídos. “Eu estava com essas mulheres jovens, de 20 e poucos anos, enquanto eu tinha mais de 30. Eu era um ator de sucesso naquele momento. Elas poderiam ter ficado felizes só por estarem comigo, podem ter dito 'sim' para as coisas às quais talvez elas não diriam por vontade própria. Havia um desequilíbrio de poder na situação."

O ator também revela que no ápice do escândalo tentou se suicidar, mas desistiu pelos filhos. "Apenas entrei no oceano, nadei o mais longe possível e esperei para me afogar, ou que fosse atropelado por um barco ou comido por um tubarão. Foi quando percebi que meus filhos estavam na praia e que não poderia fazer isso com eles." Hammer tem três filhos com Elizath Chambers, de quem se divorciou em 2020.

No momento, o artista diz ter se tornado "uma pessoa mais saudável, mais feliz e mais equilibrada". "Sou capaz de estar ao lado dos meus filhos de uma forma que nunca estive. Sou muito grato pela minha vida, minha recuperação e tudo mais. Eu não voltaria e desfaria tudo o que aconteceu comigo", ponderou. Hammer também revelou ter sido apoiado por Robert Downey Jr. no momento em que "estava no fundo do poço".

Criticou, ainda, a "cultura do cancelamento" que não permite a "redenção" da pessoa que falhou. “No minuto em que alguém faz algo errado, essa pessoa é dispensada. Não há chance para reabilitação. Quando jogam alguém como eu no fogo para se protegerem, tudo que estão fazendo é tornar o fogo maior. E agora esse fogo está fora de controle e vai queimar todo mundo."