Festival Nordestesse chega a sua quinta edição de multimarcas
Lançado em 2021 pela jornalista Daniela Falcão, o Festival Nordestesse chega a sua quinta edição na multimarcas Pinga, em São Paulo
A moda nacional celebra a quinta edição do Festival na Pinga! O Nordestesse traz para o Festival na Pinga oito novas marcas que estreiam em São Paulo com suas coleções, consagrando também a volta de 8 nomes já conhecidos na moda nacional, como Adriana Meira, Studio Orla e DePedro. O evento irá acontecer de 12 a 23 de março e também será focado em novos talentos da região.
O Festival Nordestesse, lançado em 2021 pela jornalista Daniela Falcão, tem como propósito levar e mostrar ao público de outras regiões a força da moda, artes, design e gastronomia do Nordeste. Acontecendo também em Brasília, Rio de Janeiro e Belo Horizonte, a ação valoriza a criatividade fora do eixo sul-sudeste.
Os saberes ancestrais da região são traduzidos por 16 marcas na Pinga, através de looks e acessórios que usam técnicas manuais como crochê, rendas, bordados, cestaria, upcycling de tecidos vintage, patchwork, couro, madeira e pinturas em tecido.
Entre os 8 novatos, o evento vai contar com um time de peso, como a baiana Elis Cardim, a marca Gamboa Brasil com estampas pintadas por Meire Ehrensperger, Alina Amaral de Alagoas, Luci Bortowski com o upcycling, e acessórios da pernambucana Lu Madre.
A curadoria traz também marcas veteranas que sempre são best-sellers em sua passagem por São Paulo, como os cearenses Casa Aika, Matulão e Studio Orla, a potiguar DePedro e a baiana Adriana Meira. Representando Alagoas, a Foz chega trazendo sua nova coleção desfilada no SPFW ao lado do artista pernambucano Getúlio Maurício, que desenvolveu uma estampa exclusiva inspirada na vida e estilo periférico de Recife.
Elis Cardim
Elis Cardim, baiana de Ipiaú, faz vestidos de crochê com status de alta-costura, usando fios de seda que garantem uma textura mais luxuosa e de maior durabilidade. Além de todo o tingimento ser feito com vegetais e os fios de seda serem fabricados por casulos que seriam descartados. Trabalhando com comunidades de crocheteiras e acompanhando de perto todo o processo de confecção das peças, Elis Cardim foi um dos destaques do último Brasil Eco Fashion Week.
Bossa de Maria
Elegante, atemporal, descomplicada, a marca de Feira de Santana, na Bahia, a Bossa de Maria desenvolve peças em linho e tricoline com o objetivo de vestir mulheres que valorizam o conforto sem abrir mão do toque bossa. Recortes enviesados, babados sutis e sobreposições fazem parte da alfaiataria sofisticada, além de roupas pensadas para combinar e feitas em tons claros.
Alina Amaral
A alagoana Alina Amaral se destaca por transmitir memórias bordadas em linho e algodão, com a criação de peças únicas ou em coleções-cápsula, misturando elementos da cultura popular com formas contemporâneas. Alina trabalha com um time de 20 bordadeiras do Aarteando, projeto que faz parte da ONG Cren, reunindo mulheres em situação de vulnerabilidade econômica da periferia de Maceió.
Luci Bortowski
Para Luci Bortowski tudo pode se transformar em moda através do seu olhar apurado para o upcycling, transformando, como exemplos panos de prato vintage, toalhas de mesas e até tecidos esquecidos, em novos tecidos cheios de história.
Gamboa Brasil
A Gamboa Brasil é uma marca repleta de exclusividade com peças únicas e criações com temas inspirados na cultura local da Bahia. No qual, contou com a parceria da baiana Meire Ehrensperger que criou e pintou aquarelas em kaftans de seda pura premium 100% natural. E a coleção que estará na Pinga, “Águas Salgadas”, foi inspirada no mar da Baía de Todos os Santos.
Duda Bradley
Um upcycling de metais e pedras fora do “padrão”, que normalmente seriam descartadas, se transformam em joias minimalistas na marca homônima da pernambucana Duda Bradley. Encontrando no céu suas principais inspirações por ser encantada pelo mistério do desconhecido. Para a Pinga, a designer apresentará Mergulho, coleção com peças que mesclam prata e ouro, além de madrepérola e cristais.
Lu Madre
Feitos com a técnica do papel machê, os brincos, os colares e as pulseiras da pernambucana Luciana Meireles imprimem uma leveza em peças de aparência bold e formas orgânicas.
Lucia Bastos
A marca alagoana Lucia Bastos é reconhecida pelo trabalho feito com cerâmica fria, possibilitando criar formas, texturas e cores únicas. Peças com pegada boho, referências à joalheria grega e dos anos 70, além da busca de novidades para criar bijoux divertidas com cores vivas.
Foz
O diretor criativo da alagoana Foz, Antônio Castro, traz narrativas das comunidades ribeirinhas e conta a história do seu povo. Labirinto, filé, bordado Boa Noite, linho e modelagens amplas são marcas registradas da Foz.
Adriana Meira
Adriana Meira pode ser chamada de estilista, artista plástica ou psicanalista, pois está sempre em busca de entender o que é importante para cada um. Feitas sob medida, as peças de Adriana Meira demoram, no mínimo, dez dias para ficarem prontas e contam com o exímio trabalho em patchwork. Para a Pinga, Adriana levará uma coleção cápsula com camisões de algodão, camisetas, saias, jaquetas jeans e seus já icônicos chemises de linho.
Amares do Brasil
Amanda Medrado, CEO da Amares do Brasil, trabalha com povos originários do litoral cearense, os Tremembés. Bolsas feitas com palha de carnaúba, adornadas com minibúzios, ágatas e semente de jarina definem a identidade da marca cearense. Para o Festival Nordestesse na Pinga, a marca irá lançar um novo modelo de bolsa de crochê, feita com fios criados através da reciclagem de resíduos têxteis, em parceria com a designer sergipana Vivian Lazar.
Matulão
A cearense Matulão fez fama pelo design original e atemporal abraçado ao apelo regional. Com calçados, bolsas geométricas, mas principalmente focada em bolsas artesanais de couro e madeira.
Casa Aika
Modelagem fluida, elegante e democrática explicam o sucesso dos vestidos e caftãs da Casa Aika, lançada pelo cearense Marcos Maciel. Babados, fendas e decotes sutis, variando apenas nas cores e uso de material. O crochê da Casa Aika vem diretamente da comunidade litorânea de Cruz, município do Ceará, que desenvolve um trabalho em fios de seda traduzindo a leveza e movimento da identidade da marca.
Studio Orla
A Studio Orla faz um moda agênero com um espírito praiano para a vida no asfalto. Com técnicas e temáticas típicas do Ceará em releituras contemporâneas sem ser caricatura, a marca de Thiago Maciel mostra que matérias-primas quando usadas com criatividade as peças fogem do óbvio. Presente nas sandálias Havaianas com tiras de palhas e camisas de linho com detalhes de treliça.
DePedro
Marca handmade e slow fashion que tem suas raízes no Seridó, no sertão do Rio Grande do Norte, a DePedro apresenta um guarda-roupa masculino voltado às tradições manuais do Nordeste. Como crochê, bordados manuais, renda Renascença e Richelieu, com as peças que buscam inspiração no regionalismo, exaltando técnicas tradicionais do sertão.
George Azevedo Art
Trazendo o desejo para o upcycling de uma maneira artística e artesanal, o potiguar George Azevedo se inspira na fauna e flora do Rio Grande do Norte. Com jaquetas, calças, vestidos, saias, botas e acessórios, a marca tem pinceladas feitas à mão pelo próprio George, que tem a onça como protagonista em suas coleções. Para a Pinga, o estilista aposta na temática “Bicho Boi”, uma referência ao festejo Bumba Meu Boi, traduzindo os elementos que surgem pintados manualmente, também em tecidos planos como neoprene, uma novidade.