Beira surpreende com seu trabalho natural e chique

“Beira” pode ser entendida como um local de transição, o limite entre uma coisa e outra, e é assim que a estilista Lívia Campos define a marca, as peças não tem uma coleção definida e fazem parte de uma única coleção contínua.

A estilista que fez desenho industrial na PUC do Rio de Janeiro foi se aproximando da moda aos poucos através dos projetos interdisciplinares da faculdade, mas no final acabou se apaixonando e escolhendo a moda. O processo criativo é todo pensado a partir da construção da peça. 

Lívia conta que teve liberdade total para criar para o desfile e que as ideias surgem na mesa de corte mesmo, inspiradas pela construção da roupa, quando pensa em formas de cortar o tecido ou em elementos da peça como uma gola ou cava, e até no acabamento ou alguma costura diferente, dessa vez foram usadas costuras que usualmente são feitas em jeans em tecidos como o linho, por exemplo. Foi assim que nasceu o primeiro blazer da marca apresentado nessa semana de moda.

Os tecidos usados todos são de fibras naturais, maioria 100% seda ou 100% algodão e de fornecedores nacionais. Os tecidos que restaram da última coleção foram mandados a uma lavanderia para que fossem descarregados de cor, como o processo não consegue obter o mesma cor todas as vezes que é realizado, mesmo sendo em tecidos semelhantes, o desafio foi trabalhar com os  com diferentes nuances de cor e texturas que resultaram numa “paleta sutil que estimula a calma”, segundo a estilista.