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Millennials ameaçam indústria do fast food

Millennials buscam por saudabilidade e pela quebra de paradigmas, o que pode ser principal fator de risco para a indústria do fast food

Fast food
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Millennials podem ser uma nova ameaça à indústria do fast food? Quando os irmãos Dick e Mac McDonald abriram a barraca de hot dog Airdome, em 1937, na Califórnia, mal podiam imaginar que estavam criando também a indústria de fast food, que em 2018 movimentou US$ 570 bilhões globalmente. Porém, ninguém poderia um dia sonhar que o segmento entraria em crise e que marcas como a McDonald’s, que em 2015 chegou a valer US$ 22 bilhões, seriam ameaçadas.

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Foto: Pexels

A saudabilidade, a preocupação com o meio ambiente e a quebra de paradigmas almejadas e praticadas pelos millennials são os maiores fatores de risco para o setor. O consumo de produtos vegetarianos, veganos e orgânicos tem crescido substancialmente, abrindo oportunidades e nichos de mercado. Um dos cases mais recentes é o do Futuro Burger, o primeiro hambúrguer brasileiro 100% vegetal, produzido pela Fazenda do Futuro e que virou uma febre desde seu lançamento, sendo adotado até pela tradicionalíssima Lanchonete da Cidade.

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A novidade verde-amarela segue os trilhos de iniciativas pioneiras como a da startup americana Impossible Foods, que em 2011 começou a fabricar carnes e laticínios à base de vegetais e hoje já soma um faturamento de cerca de US$ 450 milhões. Presente também na Ásia, a empresa tem como próximo passo o gigantesco mercado europeu, e atualmente produz 226 toneladas por mês para dar conta de mais de 3 mil clientes, entre eles a rede Burger King.

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Ou seja, fast food sim, desde que saudável. De olho nessa tendência, outros empresários da área gastronômica apostam em novos negócios ou na inclusão de produtos politicamente corretos em seus menus. Destaque para a rede Hareburger, tida como a primeira puramente vegetariana do mundo, que surgiu em 2006, chegou a ter dez unidades e hoje mantém duas na capital uminense e uma em São Paulo. Em seu cardápio estão petiscos como coxinha de jaca e quibe com tofupiry (com queijo de soja) e sanduíches que têm como estrelas quinoa, feijão vermelho ou cogumelo shiitake.

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Entre as lanchonetes que também seguem a onda estão General Prime Burger, Stunt Burger e Na Garagem. E até McDonald’s e Burger King – acreditem! – lançaram opções vegetais: no primeiro é possível experimentar queijo coalho empanado com alface crespa, cebola caramelada, tomate, cenoura, maionese e molho de pimenta biquinho no pão de brioche, enquanto no segundo, a pedida é massa de batata com cogumelos shimeji e shiitake recheada de queijos no pão integral, com maionese, alface, tomate e cebola.

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Mas nem só de hambúrgueres vive a comida rápida ecorresponsável. Na única loja da rede vegana holandesa Maoz no Brasil, que fica na Rua Augusta, na capital paulista, o carro-chefe é o falafel no pão pita integral, mas também há batatas belgas assadas, coalhada, hommus e babaganoush. Já para quem é fã de pizza há alternativas nas unidades da rede 1900, Bráz Elétrica e Piola, entre outras. E existem até food trucks, como os da marca

Veggies na Praça, que servem Beringela à Parmegiana, estrogonofe de cogumelos e pastéis, e ainda padarias: duas boas são a Padoca Vegan e o Lar Vegetariano Vegan. Taí uma receita que os boomers já aprenderam – é importante comer bem, com o mínimo de impacto ao meio ambiente.

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