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Olimpíadas de Paris: ginástica artística e suas escolhas musicais

Olimpíadas de Paris é recheada de talentos e junto do time do Brasil na ginástica a música é uma escolha mega importante

Rebeca Andrade campeã olímpica de solo
Rebeca Andrade campeã olímpica de solo

A música, elemento fundamental na ginástica artística durante as Olímpiadas de Paris que nos rendeu um Ouro com Rebeca Andrade no solo, transcende a mera trilha sonora, tornando-se uma aliada fundamental na performance das atletas. A escolha das faixas, cuidadosamente elaborada, influencia diretamente a expressão corporal, a energia transmitida e, consequentemente, a pontuação final.

 

A história da ginástica brasileira está repleta de exemplos marcantes da sinergia entre música e esporte. Daiane dos Santos, com seu icônico duplo twist carpado ao som do "Brasileirinho", eternizou a associação entre o chorinho e a ginástica artística no imaginário popular. Nas Olimpíadas de Paris 2024, essa relação ganhou ainda mais força, com as atletas brasileiras apresentando performances memoráveis e inovadoras.

 

Rebeca Andrade, maior medalhista brasileira de todos os tempos, escolheu uma combinação explosiva para sua apresentação no solo: "Movimento da Sanfoninha", de Anitta, e "End of Time", de Beyoncé. O produtor musical Andy Bianchini, responsável pela criação das trilhas sonoras das ginastas brasileiras, revela que a escolha das faixas é um processo colaborativo, no qual a atleta tem papel fundamental. "Rebeca já sabia exatamente o que queria", afirma Bianchini.

 
 

A produção das trilhas sonoras exige um trabalho minucioso e criativo. A música precisa se adaptar aos movimentos da ginasta, realçando a dificuldade dos elementos e transmitindo a energia necessária para conquistar o público. "Meu trabalho foi fazer tudo se unir em 1 minuto e 30 segundos e ajustar de acordo com os movimentos para que a apresentação fosse a melhor possível", explica o produtor.

 

A escolha por músicas brasileiras, como o funk, é estratégica. Esse gênero musical possui um poder de envolvimento único, capaz de levantar o público e transmitir a alegria e a energia do Brasil. Além disso, o funk é um gênero globalizado, conhecido e apreciado em diversos países.

 

Nem sempre a adaptação das músicas é simples. No caso da apresentação de Jade Barbosa, com um remix de "Oops... I Did It Again", de Britney Spears, foi necessário substituir a voz da cantora por uma melodia de guitarra, mantendo a harmonia da música original.

 

A influência de Beyoncé na ginástica artística é inegável. Além de Rebeca Andrade, as norte-americanas Simone Biles e Jordan Chiles também escolheram músicas da cantora para suas apresentações, demonstrando a versatilidade e o apelo universal de sua música.

 

Em resumo, a escolha das músicas para as apresentações de ginástica artística é um processo complexo e estratégico, que envolve a atleta, o produtor musical e uma série de fatores, como a expressão corporal, a dificuldade dos elementos e o gosto do público. A música, além de acompanhar os movimentos da ginasta, transmite emoções, conta histórias e contribui para a construção de uma performance memorável.

 

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