Rafa Kalimann revela preparação como madrinha do Carnaval
Rafa Kalimann se destaca como madrinha de um dos blocos mais tradicionais do Rio e compartilha sua conexão com o Carnaval, moda e preparação intensa
Rafa Kalimann vive o Carnaval como poucos. Mineira de nascimento, mas com o coração tomado pela folia carioca, ela retorna à festa em grande estilo como musa do bloco Beco do Rato, um dos mais tradicionais do Rio de Janeiro. Após uma trajetória intensa na Sapucaí, onde brilhou como musa da Imperatriz Leopoldinense, Rafa segue celebrando sua conexão com a cultura carnavalesca, reforçando sua paixão pelo samba, pelos blocos de rua e pela energia única dessa época do ano. Mas sua entrega vai muito além da avenida: com uma preparação física rigorosa, dedicação total à arte e um olhar sempre atento à moda, ela transforma cada aparição em um verdadeiro espetáculo.
Versátil e sempre em movimento, Rafa construiu uma carreira que transita entre a TV, as redes sociais e a moda, consolidando-se como uma personalidade marcante. Agora, prestes a viver um dos Carnavais mais especiais de sua trajetória, ela abre o jogo sobre sua relação com a festa, os desafios da exposição pública e os novos projetos que a empolgam. Em uma entrevista exclusiva para a L'Officiel Brasil, Rafa Kalimann reflete sobre sua trajetória, os aprendizados dos últimos anos e, claro, a intensidade de viver o Carnaval no Rio.
L’Officiel BR- Rafa, sua relação com o Carnaval é intensa e já te levou da Sapucaí aos bloquinhos de rua. Como foi receber o convite para ser madrinha do Beco do Rato? O que esse momento representa para você depois da sua passagem pela Imperatriz Leopoldinense?
Rafa Kalimann: Eu sempre vivi o Carnaval de diferentes maneiras. Eu sou do Sudeste, de Minas Gerais, e a cultura do Carnaval de lá é muito diferente de outros lugares, como Salvador, Recife e Rio de Janeiro. A graça dessa multiplicidade, dessa cultura carnavalesca que o Brasil tem, é exatamente isso: no Rio de Janeiro, por exemplo, você tem o Carnaval na Sapucaí, que é bem diferente do Carnaval dos blocos de rua e dos bailes. Este ano eu quis viver isso, viver essa experiência de forma muito espontânea, mas também falar sobre isso porque as pessoas se identificam de formas diferentes com o Carnaval. Quando eu falo com os meus amigos, para cada um deles o Carnaval significa algo diferente, então veio em um momento muito bom e oportuno o convite do Beco do Rato para ser madrinha, porque eu nunca vivi o bloco de rua do Rio de Janeiro e vou viver isso pela primeira vez com o Beco do Rato, que é um lugar que eu amo, e ainda no posto de madrinha. Vai ser muito especial.
L’Officiel BR- O Beco do Rato é um dos blocos mais tradicionais do Rio, com forte conexão com o samba e a cultura carioca. Como você vê essa transição da avenida para um bloco de rua? A energia do público é diferente?
Rafa Kalimann: A história é muito bacana porque, assim como eu, os fundadores do Beco do Rato são de Minas Gerais. E se tornou um lugar incrível, tanto para turistas quanto para as pessoas do Rio de Janeiro que amam samba e aquela energia, e eu sou uma delas. Estou muito animada e empolgada, não sei ainda como é a energia de ser madrinha de um bloco, mas sempre que estou no Beco, e desde que fui anunciada como madrinha e tenho ido nos ensaios, tem sido muito gratificante, muito gostoso. E sobre a transição, é muito bom poder vivenciar experiências tão diferentes estando em uma mesma cidade. Isso reflete muito a nossa pluralidade, e de como o Carnaval é livre.
L’Officiel BR- Sua dedicação nos ensaios da Imperatriz sempre foi visível, e você chegou a falar sobre o desejo de continuar na escola. Como foi lidar com a decisão de não seguir como musa? Foi um baque ou você já estava aberta a novos caminhos no Carnaval?
Rafa Kalimann: Acho que dedicação é uma palavra que permeia a minha carreira. Pra tudo que eu me proponho, a minha disciplina e a minha dedicação vêm de forma muito perceptível, e não foi diferente com a Imperatriz. Não teve baque porque foi algo muito conversado, a gente já sabia que o maior desafio que a gente enfrentaria, desde o momento que eu aceitei o convite, seria conciliar as agendas. Então eu me baseei muito no que eu consegui entregar no ano anterior (quando também fui musa da escola), e mais do que isso seria muito desafiador para mim no sentido de eu já ter outros projetos em andamento. A gente conversou bastante, foi uma decisão muito tranquila de ambas as partes, e continuo com a mesma paixão e carinho pela escola, torcendo e vibrando muito.
L’Officiel BR- O Carnaval é uma época de muita festa e energia, e este ano você vive essa experiência ao lado do Nattan. Como tem sido compartilhar essa folia com ele? Ele cai na folia junto com você?
Rafa Kalimann: Na verdade nós estaremos juntos apenas dois dias, o restante eu vou trabalhar. Estaremos até nas mesmas cidades, mas cada um cumprindo os seus compromissos profissionais. E aí, nesse meio, eu vou dando um jeitinho de tentar encontrar no fim do trabalho (risos), porque vai ser um pouco corrido. Mas sempre um vibrando pelo outro, torcendo pelo outro, a gente vai se ajustando para fazer acontecer.
L’Officiel BR- Sabemos que o Carnaval exige uma preparação intensa. Como está sua rotina de treinos? Você faz alguma coisa nesta época de Carnaval diferente da sua rotina normal?
Rafa Kalimann: Eu acho que meu ano é um eterno Carnaval, porque a intensidade de energia que eu preciso ter é recorrente. Então eu sempre mantenho a rotina de alimentação e exercícios, nada fora do que já está na minha rotina ao longo do ano.
L’Officiel BR- O público do Carnaval é apaixonado e, ao mesmo tempo, bastante crítico. Você já enfrentou comentários duros nas redes sociais sobre sua presença na folia. Como lida com isso? Alguma crítica te marcou mais?
Rafa Kalimann: Não, nada ou nenhum comentário me marcou ou se tornou mais relevante do que as coisas boas que aconteceram comigo nessa experiência de Carnaval.
L’Officiel BR- A moda tem um papel importante no Carnaval, principalmente para quem está à frente de um bloco ou de uma escola. Como estão seus looks para essa temporada? Você se envolve diretamente na criação dos figurinos?
Rafa Kalimann: E eu adoro isso! Acho que a moda e o Carnaval conversam muito, se somam muito, tem toda a graça do look contando uma história e eu me envolvo 100% na criação dos figurinos. Fico ansiosa também para ver as pessoas, ver como elas vão estar, adoro ver as pessoas fantasiadas nos blocos, que é onde elas podem extravasar e serem o que quiserem ser. Eu sou super ligada ao que eu quero usar, e o Carnaval é um momento que a gente tem que respeitar muito o que a gente tem vontade de usar.
L’Officiel BR- O Beco do Rato tem uma identidade muito ligada ao samba e à boemia carioca. Você é do tipo que curte o pós-bloco e fica na roda de samba até o amanhecer ou é mais disciplinada e vai para casa cedo?
Rafa Kalimann: Depende do dia seguinte. Se eu tiver compromisso, eu sou a que se diverte mas que volta cedo pra casa. Para cumprir um compromisso bem eu preciso ter dormido bem, então essa disciplina é importante pra mim. Mas se eu não tiver nenhum compromisso, eu sou do tipo que aproveita até o último segundo e vou curtir muito, principalmente essa vibe que o Beco do Rato tem, a boemia carioca que eu adoro. Então eu curto muito, vou bastante, tento ir nos dias que estou mais tranquila pra poder aproveitar sem grandes preocupações para o dia seguinte. Se eu tiver alguma coisa, coloco o pezinho no freio e vou ficar até onde eu sei que não vai me atrapalhar no dia seguinte.
L’Officiel BR- Você já viveu momentos intensos de exposição e opinião pública. Com o tempo, sua relação com a fama mudou? Como equilibra sua vida pessoal e profissional nesse meio?
Rafa Kalimann: Ah, mudou sim. Acho que a gente vai amadurecendo e colocando cada coisa na sua caixinha. A gente vai entendendo que se deixa moldar em prol dessa exposição, e vai vendo até onde a gente deixa que as pessoas invadam e opinem sobre a nossa vida. A maturidade e o tempo trazem uma carga diferente, e vai tirando o foco de coisas que não precisam. O contato com as pessoas, o carinho que a gente recebe, os lugares que a gente vai, pessoas que a gente se conecta…tem muita coisa boa envolvida nesse trabalho que demanda uma exposição muito grande. Em resumo, acredito que o tempo e a maturidade nos moldam, e nos preparam de forma positiva.
L’Officiel BR- Sua carreira passou por várias fases, desde a TV até o universo digital e a moda. Hoje, onde você consegue expressar mais a sua autenticidade? Tem algum projeto em andamento para 2025?
Rafa Kalimann: Passei de fato por várias fases, de apresentadora à série, cinema, novela…e com um digital muito forte. Adoro moda, acho que tenho conseguido expressar com mais frequência essa autenticidade. Tenho a colocado pra fora talvez de maneira mais branda, com mais leveza e com menos temor da opinião alheia. E tenho vários projetos muito bons para esse ano: o Circuito Sertanejo volta para a terceira temporada, e já começo a gravar no começo de abril; eu rodo um filme agora, como protagonista, além de outros projetos previstos para o segundo semestre.
Bate Bola
L’Officiel BR- Qual o seu truque infalível para a maquiagem durar no calor do Carnaval?
Rafa Kalimann: Hidratação e selar com o pó
L’Officiel BR- Algum imprevisto engraçado já aconteceu com você no meio da folia? O que?
Rafa Kalimann: Na festa, minha trança artificial enroscou no vestido cheio de pedras e começou a cair. As amigas ajudaram a tirar na frente de todo mundo, virando uma grande diversão.
L’Officiel BR- Brilho ou neon: qual tendência você prefere para uma make carnavalesca?
Rafa Kalimann: Ah, eu sou total do brilho. Passo brilho no meu corpo inteiro, não sou muito do neon.
L’Officiel BR- O que toca na sua playlist nesta época festiva do ano?
Rafa Kalimann: Agora, nesse exato momento estou indo para uma festa com sertanejo tocando, mas curto tudo: forró, axé, pagode... Sempre música brasileira. Sou defensora da nossa cultura musical.
L’Officiel BR- O que não pode faltar em um bloco de Carnaval?
Rafa Kalimann: Não pode faltar amigos, nem alegria para aproveitar. Não pode também faltar consciência.
L’Officiel BR- Carnaval sem perrengue é......
Rafa Kalimann: Sem briga, sem confusão. Com empatia ao outro, saber respeitar o seu espaço e também o do outro…acho que isso é o mínimo que a gente pode fazer antes de mais nada, e o resto é se jogar e aproveitar. Joga a purpurina, coloca a fantasia e bora aproveitar porque passa rápido e a gente fica morrendo de saudades esperando o próximo ano chegar.