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Vitória Strada em entrevista exclusiva para a L'Officiel Brasil

Vitória Strada é um dos grandes nomes da geração de artistas do momento. Confira o bate-papo completo

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Foto: Brunno Rangel

Artista multifacetada e protagonista dos desafios que a própria vida oferece, Vitoria Strada, de 27 anos, é um dos grandes nomes da sua geração. Nascida em Porto Alegre, iniciou a carreira como modelo aos 12 anos e logo sua imagem passou a representar marcas importantes. 

Em 2017, estreou em novelas como a protagonista Maria Vitória, de Tempo de Amar, na TV Globo. Na mesma emissora, ganhou ainda mais notoriedade ao interpretar outra mocinha, a Júlia Castelo/Cris, em Espelho da Vida, que lhe rendeu o prêmio de Melhor Atriz, no Prêmio Extra de Televisão. Entre 2020 e 2021, deu vida a uma das protagonistas de Salve-se Quem Puder. Sua ótima atuação na pele de Kyra a fez ganhar o prêmio Melhor Atriz no Prêmio Contigo! de TV.  

Além de seu talento atuando, Vitória provou seu potencial artístico em diversas outras áreas, como na dança - vencedora da edição de 2022 na Dança dos Famosos -, no cinema e no teatro. Em entrevista exclusiva para a L’Officiel Brasil, a estrela contou tudo sobre os seus próximos passos profissionais, sua relação com as redes sociais, sua busca pela melhor versão de si mesma e a paixão pela arte que transcende os palcos e as telas. Confira!

Foto: Brunno Rangel

L'OFFICIEL: Teatro, cinema ou novela: qual formato você acredita expressar melhor a sua arte?
VITÓRIA STRADA: Cada formato é único e o que eu amo de ser artista é ter infinitas possibilidades de expressar a minha arte. Não teria como eu dizer um formato em que eu me expresse melhor, pois eu estaria negando a possibilidade de explorar um formato novo e me surpreender com ele.

L'O: Qual a sua relação com a dança?
VS: A dança é uma forma de arte que eu descobri ainda pequena, primeiro com a ginástica rítmica e depois com o jazz e o ballet. É algo que me preenche, me faz sentir expandindo minha conexão mente-corpo e melhora minha saúde mental e minha autoestima.

Foto: Brunno Rangel

L'O: O que você faz para desacelerar?
VS: Desenhar se tornou um grande aliado na hora de acalmar a mente. Atividades manuais, como desenhar, pintar, escrever ou mesmo fazer as unhas, ajudam muito quando se tem uma mente inquieta como a minha. É como se aliviasse a quantidade de pensamentos e eu conseguisse canalizar a minha energia paraalgo concreto. A luta (taekwondo e boxe) me ajuda muito também.

L'O: Se você tivesse que escolher uma música para dançar pelo resto da vida, qual seria?
VS: Nossa, essa é muito difícil. Vou citar uma que eu estou escutando em looping no momento: “Back on 74”, do grupo Jungle. É leve, animada e é muito aquele clima de quando tudo dá certo para o protagonista de um filme, sabe? (risos).

Foto: Brunno Rangel

L'O: De onde veio a sua relação com a beleza?
VS: Da minha mãe. Lembro de, ainda criança, abrir a porta do quarto e ela estar fazendo as próprias unhas ou passando creme no corpo. Lembro dela dizendo para eu usar protetor solar todos os dias e sempre tirar a maquiagem antes de dormir. Depois, trabalhando como modelo, aprendi a me maquiar, a fazer meu cabelo e a me virar sozinha. Meus amigos falam que sou praticamente um salão ambulante (risos).

L'O: Uma dica de autocuidado que você não abre mão.
VS: Limpar bem a pele e hidratar.

Foto: Brunno Rangel

L'O: Se você tivesse que escolher 3 itens de beleza para levar em uma viagem, quais seriam?
VS: Eu sou a pessoa que leva mais necessaries do que roupas em uma viagem (risos), então vai ser difícil dizer três. O que eu faço é levar tudo em miniaturas, compro potinhos pequenos e abasteço com shampoo, cremes, ocupando assim menos espaço.

L'O: Como anda seu coração hoje: preenchido ou pronta para um novo amor? O que você mais busca em um relacionamento?
VS: Meu coração está em paz. Não  fico buscando um relacionamento. Na verdade, tenho me dedicado a melhorar a minha relação comigo mesma e isso envolve me dedicar ao meu trabalho, estudar assuntos que eu tenho interesse, cuidar da minha saúde mental e estar rodeada de pessoas que me fazem bem e as quais eu me identifico.

Foto: Brunno Rangel

L'O: Onde você deposita a sua energia diariamente? Sente que as redes sociais podem afetar o seu humor?
VS: Eu converso muito com as pessoas ao meu redor sobre a toxicidade das redes sociais. Já é quase um assunto batido, mas eu insisto nessa tecla por ver que mesmo falando muito sobre, ainda vemos uma sociedade com a saúde mental extremamente comprometida pela rapidez das informações e pela pressão que sentimos ao nos compararmos com imagens e realidades distorcidas, apresentadas com um olhar muito bem recordado da vida de alguém. Antigamente,  um ator “vendia” o seu trabalho fazendo audições, testes. A mídia ajudava, tornando pessoas mais famosas que outras por estarem mais expostas, em capas de revistas. Hoje sinto que isso aumentou em uma proporção extratorferica. Somos validados pelo que postamos em uma rede que o próprio nome ja diz, é social, mas tornou-se profissional. Tem pouco tempo que eu percebi que o Instagram virou um LinkedIn. (Aqui não quero ignorar o fato das redes terem dado oportunidade a muitas pessoas de terem seu próprio negócio, de melhorarem de vida). Já passei por algumas fases na minha relação com as redes sociais. Já tive momentos em que eu tinha quase que uma raiva, me negava a ceder a um mercado que parece só se importar com o que eu posto e não com quem eu realmente sou. Tenho tentado encontrar uma relação saudável e que eu não me sinta sugada na intenção de corresponder às expectativas alheias ou a uma trend do momento. É um processo diário e sinto que precisaremos encontrar um formato que deixe essa vida virtual mais saudável e mais real pra todo mundo, principalmente para as nossas crianças e para as mulheres.

Foto: Brunno Rangel

L'O: Algum spoiler dos seus próximos projetos?
VS: Acabei de rodar um filme em Recife de suspense/terror que deve ser lançado ano que vem. Foi um desafio me aventurar em um gênero novo, aprendi muito e estou louca pra ver o resultado! Também estou em turnê pelo Brasil com a peça Abismo de Rosas, então fica o convite para quem ainda não conferiu, ir nos assistir!

L'O: Qual foi a sensação de desfilar no SPFW este ano?
VS: Comecei minha carreira como modelo e desde que me tornei atriz nao subi nas passarelas. Foi bem nostálgico pra mim esse retorno, ainda mais desfilando pra uma marca que eu admiro muito, que sempre faz uns desfiles que me prendem a atenção. Muito especial.

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